O delegado Getúlio Daniel deu detalhes, hoje, sobre as investigações do homicídio de Elenilton Viana Sousa, 18 anos. O principal suspeito de mandar matar o jovem foi localizado pela Polícia Civil, esta manhã, no município de Nortelândia. Elenilton foi assassinado a tiros, em janeiro deste ano, na região do Salto Magessi, no distrito de Boa Esperança do Norte, e jogado no rio Teles Pires. O corpo foi encontrado quase um mês depois, em avançado estado de decomposição.
Segundo Getúlio, Elenilton teria postado um vídeo de apologia a uma facção que é rival da que o acusado integra. Por este motivo, o suspeito, que seria um dos líderes do grupo criminoso em Sorriso, teria “idealizado” e planejado a execução do jovem. A Polícia Civil apurou que Elenilton foi vítima de uma emboscada, que contou com a participação de uma mulher.
“A partir do suspeito visualizar estes vídeos, ele montou uma estratégia, em que induziu a vítima a se deslocar até determinado local, no intuito de um suposto encontro amoroso com uma mulher. Elenilton e mais um amigo foram até o local, todavia foram surpreendidos pelo suspeito, que amarrou e levou as vítimas até próximo ao Salto Magessi, onde consumou um dos homicídios”, disse Getúlio.
Após as torturas, o grupo executou Elenilton. Já a outra vítima, conseguiu se desvencilhar dos criminosos e se jogou no rio Teles Pires, sendo levada pela correnteza. O jovem não ficou ferido e posteriormente procurou a Polícia Militar.
Pouco após o crime, a Polícia Civil conseguiu prender a mulher acusada de envolvimento no assassinato. Em maio, outro suspeito já havia sido capturado pela Polícia Militar. Agora, segundo Getúlio, foi preso o mandante do homicídio, que será recambiado para Sorriso.
“Ele é o mandante e executor do crime. Estava fazendo tráfico de drogas à distância. Pelas investigações constatamos que ele é provavelmente um dos chefes da facção que atua na região de Boa Esperança. O interrogatório formal será realizado nesta sexta-feira”, afirmou o delegado.
Segundo Getúlio, o acusado deve responder por tortura, homicídio qualificado, associação criminosa, ocultação de cadáver.