Policiais civis prenderam, hoje, mais um foragido da operação Procusto, deflagrada ontem em Nova Ubiratã que apura mandante e executores do assassinato de Pablo Ronaldo Coelho dos Santos, de 24 anos, torturado e morto em abril deste ano. O investigado foi localizado pela equipe policial em uma vila rural, a 100 quilômetros da cidade do município.
A operação foi deflagrada para o cumprimento de oito ordens de prisões preventivas e cinco de buscas e apreensões a integrantes de uma facção criminosa envolvidos no crime. Segundo a Polícia Civil, Pablo foi sequestrado no dia 19 de abril junto com um amigo, quando ambos estavam em um bar de Nova Ubiratã.
Os dois tinham vindo do interior de São Paulo para trabalhar, quando foram levados a uma casa, sofreram diversas torturas durante a madrugada e, na manhã do dia seguinte, levados a uma área de mata da cidade. No trajeto, o amigo de Pablo conseguiu escapar do veículo dos criminosos e, mesmo ferido, procurou ajuda na polícia. Pablo foi executado, teve membros decepados e o corpo ocultado na mata, sendo encontrado após 42 dias de buscas, informou a Polícia Civil.
O delegado responsável pela investigação, Bruno França Ferreira, destaca que motivo de toda a crueldade praticada pelo grupo criminoso foi o fato de as vítimas terem, supostamente, feito um sinal com a mão. Entre os presos na operação está uma funcionária da educação no município de Nova Ubiratã. O inquérito policial apurou que ela atuou diretamente na execução dos crimes e agiu com extrema perversidade, inclusive, mandando que as vítimas fossem mutiladas.
Os crimes foram ordenados por um criminoso que está detido na Penitenciária Central do Estado. De dentro da unidade prisional, ele recebia as informações dos demais integrantes da organização criminosa que estavam monitorando Pablo e seu amigo desde que ambos chegaram a Nova Ubiratã.
Um dos alvos da operação continua sendo procurada pela Polícia Civil.
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