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Preso em Mato Grosso líder de quadrilha que furtava caminhonetes de luxo

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 O líder de uma quadrilha especializada em roubo de camionetas importadas e remessa desses veículos para a Bolívia, não passou nem dois anos na cadeia após a prisão em 30 de janeiro de 2003. Trata-se de Carlos Alberto Pereira, o “Carlão”, de 37 anos, classificado pela Polícia como um dos líderes do crime organizado em se tratando de roubo de carros de luxo.
     
Carlão foi preso ontem, próximo à casa dele, no Jardim Itamatati, em Cuiabá, por investigadores chefiados pela Delegada Vera Rotilde, titular da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DRRFV).
Além de quebrar o regime semi-aberto, Carlão ainda é acusado de chefiar outros roubos que aconteceram nos últimos meses na Grande Cuiabá envolvendo veículos importados, a especialidade da quadrilha.
Após ganhar o benefício da Justiça de cumprir o restante da pena em regime semi-aberto em setembro do ano passado, quando deveria dormir todos as noites no Alberto do Estado, em Cuiabá, Carlão deixou de cumprir as determinações da Justiça e teve a prisão preventiva decretada.
     
Durante o período em que Carlão esteve em liberdade, segundo a delegada Vera Rotilde, os roubos de camionetas importadas, principalmente Hilux, aumentaram. Nas investigações, algumas vítimas confirmaram e reconheceram Carlão.
 Como líder da quadrilha, Carlão, segundo a delegada Vera Rotilde, não participava diretamente dos assaltos. Ou seja, ele não pegava nas armas, mas dava apoio ao bando, comparecendo em outro carro para dar apoio e para conferir se o “serviço” havia saído conforme os planejamentos.
     
Usando bandidos amadores, Carlão, não apenas deixou de mandar três carros para a Bolívia, quando também deixou pistas muito claras para que a Polícia chegasse até ele. Num dos roubos os bandidos pegaram inclusive uma camioneta errada. Por ser velha e sem valor no mercado ilícito da Bolívia, o carro teve que ser abandonado.
     
Aliás, foi durante uma trapalhada feita pela quadrilha de Carlão em três de janeiro de 2003 que a delegada Vera Rotilde desarticulou o bando dele. O chefe estava apoiando três “mulas” – bandido pago para passar com carros ou drogas pelas barreiras -, quando o comboio esbarrou numa barreira policial na estrada Cuiabá-Guia.
     
Desnorteados, os bandidos ainda chegaram a trocar tiros com investigadores, na época chefiados pelo policial Edson Leite, então chefe de operações da DRRFV.
Dois bandidos foram presos no local. Um fugiu para o mato, mas todos acabaram presos dias depois, inclusive Carlão, que apesar de condenado, menos de dois anos depois já estava em liberdade e cometendo, segundo a Polícia, o mesmo tipo de crime.

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