A Delegacia Especializada de Repressão de Crimes Informáticos (DRCI) da Polícia Civil prendeu, em Cuiabá, um homem, 20 anos, envolvido em estelionato, fraude eletrônica envolvendo a portabilidade de salário de um servidor público de Luziânia, de aproximadamente R$ 22 mil.
As diligências iniciaram logo após a DRCI ser acionada pela Polícia Civil de Goiás relatando o golpe. Na investigação, foi descoberto que o golpista fez, via internet, a portabilidade do salário da conta pessoal da vítima para uma conta fraudulenta criada com os dados pessoais da vítima e com a fotografia do golpista.
Os policiais descobriram o local onde o suspeito reside e no local foram apreendidos dinheiro, maquineta de cartão, celular e outros objetos. A versão dele é que havia emprestado os seus dados pessoais para terceiros, que abriram uma conta falsa usando a sua foto. Ao receber o dinheiro subtraído, o mesmo transferiu parte do valor para sua verdadeira conta, e parte para outras duas contas bancárias.
O jovem foi encaminhado até a DRCI e interrogado pelo delegado Ruy Guilherme Peral da Silva, conduzido foi autuado em flagrante por fraude eletrônica em concurso material com associação criminosa, sendo posteriormente encaminhado para audiência de custódia no fórum da capital. Também foi pleiteada judicialmente pela conversão dos autos de prisão em flagrante delito, pela prisão preventiva do suspeito, visando garantir a ordem pública.
O delegado Ruy Guilherme Peral da Silva explicou que essa fraude eletrônica se trata de delito complexo e de crescimento exponencial em todo o território brasileiro que demanda a obtenção prévia de informações e a divisão de tarefas a fim de se obter o êxito na empreitada criminosa.
“No primeiro momento os criminosos obtém clandestinamente base de dados pessoais das vítimas na dark web ou por meio de vazamentos de dados ou através comércio ilegal de cadastros. Depois adquirem conhecimento prévio sobre o funcionamento do procedimento de portabilidade de contas salários de servidores públicos, realizam a contrafação de documento oficial de identificação da vítima e realizam a cooptação de coautores para executarem de modo síncrono o estratagema criminoso”, finalizou o delegado da DRCI, através da assessoria da Polícia Civil.