A Polícia Civil confirmou, hoje, a prisão de um empresário em Juína (700 km de Cuiabá) foi preso acusado de estupro, assédio e importunação sexual contra funcionárias do estabelecimento que ele é dono. Investigadores cumpriram o mandado de prisão preventiva deferido pela terceira Vara Criminal da Comarca e foi encaminhado ao Centro de Detenção do município.
Uma vítima, de 18 anos, narrou que estava fazendo diárias e limpando o local. Após o fim do expediente, o dono trancou o o estabelecimento, aumentou o som da música ambiente e em seguida lhe ofereceu bebida alcoólica. Ela recusou. O investigado, então, a agarrou à força, tirou suas roupas e cometeu o estupro. Após o fato, a vítima conseguiu se desvencilhar, correu até sua motocicleta e foi embora. No dia seguinte, procurou a delegacia de Juína, prestou esclarecimentos e a equipe policial realizou diligências para localizar o empresário, que foi conduzido à delegacia. O suspeito foi interrogado, permaneceu em silêncio e depois foi liberado, uma vez que não estava em período de flagrante.
Na investigação, a polícia recebeu mensagens que o empresário mandou para a vítima com ofertas de trabalho e dinheiro. Ele ainda tentava comover a vítima, dizendo que tem família e para ela não levar adiante a denúncia.
A assessoria da Polícia Civil informa que, no decorrer da investigação, outras vítimas procuraram a delegacia relatando situações de assédio e importunação praticadas pelo investigado. Uma delas, que também trabalhou como diarista e que era constantemente importunada e assediada, sofrendo investidas constrangedoras do investigado, que lhe tocava o corpo sem seu consentimento.
Outra vítima também relatou as importunações e assédio sofridos durante o período em que prestou serviços para o suspeito e relatou que o comerciante teria uma arma de fogo, e feito ameaças indiretas, em determinada ocasião, dizendo que ‘a arma era para quem falasse demais’, o que a deixou amedrontada em comentar sobre o que havia ocorrido. A vítima relatou também que quando o empresário descobriu que outra vítima havia procurado a polícia, pediu que ela mentisse a seu favor.
“Essa preocupação do investigado com a ida de uma vítima à polícia e o pedido feito à outra vítima, para que mentisse a seu favor, reforça a veracidade das declarações prestadas sobre a vítima que sofreu o estupro”, explica o delegado Jean Andrade, que conduziu a investigação.
A quarta vítima narrou que, apesar de não ter prestado serviços para o investigado, ela foi ao local com seu namorado, que prestava serviços ocasionais no local, e foi assediada várias vezes pelo suspeito, inclusive, a importunou sexualmente, acariciando as nádegas. Essa vítima relatou que ameaças indiretas feitas pelo acusado sempre mencionando ter arma de fogo.
Outras quatro vítimas foram ouvidas na Delegacia de Juína e todas relataram situações de assédio e importunação sexual. Um delas, menor de idade, além da importunação, contou que o investigado fornece bebida alcoólica a menores. “Vale ressaltar que existem informações informais de inúmeras outras supostas vítimas que ainda não compareceram à delegacia para serem ouvidas”, acrescentou o delegado Jean.