O delegado de Polícia Civil, Eugênio Rudy Júnior confirmou, há pouco, que o principal suspeito de envolvimento na morte de Josimar Santos da Silva, de 31 anos, e na tentativa de homicídio de outros dois jovens, no último dia 9, foi preso, hoje, em Cuiabá. O crime foi registrado em frente a um estabelecimento comercial, na avenida Rio Grande do Sul, no centro de Lucas do Rio Verde.
O homem, que já tem passagem criminal, foi o responsável por realizar os disparos, e confessou a situação em depoimento na capital. Com ele, havia outra pessoa que também estava presente no dia do crime e que prestou depoimento, porém o delegado não havia representado pela prisão dela. Não foi confirmado se o suspeito será encaminhado para Lucas do Rio Verde.
“O advogado por algumas vezes entrou em contato com a polícia judiciária, falou que ia apresentar eles (suspeitos) na delegacia, foi oportunizado, porém isso não aconteceu”. “Indiferentemente ao fato do advogado dizer que viria com eles aqui, representamos pela prisão, uma vez que já tínhamos elementos suficientes da autoria, prova da materialidade e também por ser um fato gravíssimo, onde tivemos um óbito no local e duas pessoas tiveram suas vidas quase que fatalmente atingidas”, disse o delegado.
Ainda segundo Eugênio, a localização do suspeito foi descoberta na última sexta-feira. “Tivemos a notícia de onde estava o principal envolvido, que foi quem efetuou os disparos contra as vítimas e hoje conseguimos que a equipe da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículo Automotor de Cuiabá efetuasse a prisão”. “Ele está preso, confessou aos policiais a participação e que efetuou os disparos”, acrescentou.
Na alegação dos envolvidos, o motivo do crime foi legítima defesa. “Em tese de defesa, tentam argumentar que estavam em legítima defesa, já que teve uma briga pretérita, contudo quem tem um pouquinho de conhecimento jurídico, sabe que nesses casos, como teve um tempo hábil para a pessoa sair do local, ir a casa ou ir ao carro e pegar a arma, não se configura legítima defesa”, emendou.
Já as testemunhas e vítimas do crime, confirmaram que houve uma briga, a qual o delegado considerou que foi por motivo fútil. “De fato teve uma briga inicial, por conta de um grupo que queria entrar no local, o proprietário impediu a entrada, uma vez que estava muito lotado, e tinha uma quantidade de pessoas que podia entrar por causa da pandemia. Isso foi o início, o estopim da briga que culminou com o tiroteio”.
Mesmo com a prisão do atirador, as investigações continuam. “Não encerraram ainda. Com a coleta do interrogatório desses dois que foram conduzidos à delegacia hoje, teremos novas informações que vão corroborar com as que já temos. Em relação a outros envolvidos, esperamos que essas pessoas venham à delegacia e se disponham a dizer a verdade, sob pena de se entendermos necessário, representarmos também em relação a elas pela prisão temporária ou preventiva”, completou.