Policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) cumpriram, esta manhã, mandado de apreensão contra o segundo acusado, de 13 anos, de envolvimento na morte de João Bento de Espíndola, 44 anos. O primeiro acusado já foi preso no início deste mês. Já o filho de João Bento, de 19 anos, suspeito de tramar a morte, foi preso pelos policiais ainda em setembro e está no presídio Ferrugem.
“Com as investigações em andamento após prisão do filho, réu confesso, e o executor, faltava o terceiro. Deu um pouco mais de trabalho, mas conseguimos fazer a apreensão dele” que “desde o primeiro momento, fez toda a trama, foi junto, entrou na residência e praticou o crime. Ele confessa o fato, não se esquivou da culpa, confessa a mesma narrativa dos outros que confessaram também. Ele afirma que não sabia que era para executar o João Bento. Disse que era somente um roubo e iriam dividir certa quantia (em dinheiro) que estaria na casa. O outro sabia que o filho mandou executar e tentaram simular um roubo que não deu certo. Teria um cofre na residência com cerca de R$ 7 mil e seria dividido entre eles após executar o suposto roubo”, explicou, esta manhã, o investigador de Polícia Civil Fábio Augusto, em entrevista coletiva.
Conforme Só Notícias já informou, o construtor João Bento (foto) foi baleado e morto, quando estava em casa, na rua das Jussaras, no bairro Jardim Violetas, em agosto deste ano. Em novembro, a justiça decretou a prisão preventiva do filho de João Bento. Segundo a denúncia oferecida pelo Ministério Público Estadual (MPE), com base nas investigações da Polícia Civil, o rapaz teria contratado o assassinato do pai para receber a herança.
Na época do crime, a Polícia Civil investigou um possível roubo, com base na versão de que bandidos entraram na casa e dispararam contra João Bento. No entanto, conforme a denúncia, o jovem teria combinado a simulação do assalto com outros dois suspeitos, um deles ainda não identificado.
Os bombeiros foram até a residência, mas João Bento não resistiu aos ferimentos. No boletim de ocorrência é relatado que um criminoso, usando “jaqueta verde”, ameaçou a esposa da vítima, que estava desesperada, “para não se meter porque, do contrário, mataria ela também”. É descrito ainda que o casal estava dormindo e ela acordou com barulho, viu um suspeito sair do quarto muito rápido e “se levantando viu seu marido sangrando na cama”.
De acordo com uma fonte policial, eles fugiram com a caminhonete Hilux prata da vítima. Sob a mira de arma, o filho de João foi obrigado a dirigir a caminhonete pela região do bairro Daury Riva e foi solto em seguida. A caminhonete foi localizada, no dia seguinte, no bairro Maria Carolina 2, com uma marca de tiro no parabrisa.
João foi sepultado em Sinop.