Oito integrantes de uma organização criminosa envolvida em vários roubos na cidade de Várzea Grande e outros municípios foram presos, hoje de manhã, na operação "Coercere", deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf). Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso estava planejando executar um grande roubo, hoje, a uma loja de eletrodomésticos, em Várzea Grande.
As informações foram repassadas por uma funcionária que tem um filho preso na cadeia do Capão Grande. "Dessa forma, resolvemos antecipar a deflagração da operação Coercere, visando impedir até mesmo a ocorrência de um latrocínio, haja vista a alta periculosidade dos integrantes do grupo criminoso", afirmou a delegada Elaine Fernandes, por meio da assessoria.
Dois suspeitos foram apontados pela polícia como líderes do grupo. D acordo com a assessoria da Polícia Civil, o homem apontado como gerente da quadrilha, possui quatro condenações na Justiça e estava no regime semiaberto. Juntos, os três decidiam os locais os locais onde os crimes seriam cometidos, por quanto venderiam cada produto furtado ou roubado, e o valor que seria repassado para cada integrante.
Segundo as investigações, um dos suspeitos presos era responsável por fornecer total suporte ao bando, desde o transporte ao local até o monitoramento das imediações, como objetivo de proteger os comparsas e avisar da aproximação da polícia. Os integrantes também se revezavam nas ações criminosas, ora na linha de frente, executando, ora na retaguarda, providenciando o transporte, monitorando e viabilizando os compradores para os produtos.
A Polícia Civil apurou que a associação criminosa foi responsável pelo roubo praticado no dia 11 de outubro, em uma residência no bairro Mapim, em Várzea Grande. Na ocasião, três integrantes do grupo invadiram a residência, enquanto os demais comparsas ficaram dando cobertura do lado de fora.
O proprietário da residência é o presidente do bairro e dias antes havia realizado uma festa e arrecadado R$ 12 mil, para comemoração ao dia das crianças. Com a informação, armados eles invadiram a residência e renderam a família, colocaram arma de fogo na cabeça das crianças de 9 e 11 anos, e agrediram outros moradores com chutes e coronhadas. Depois fugiram levando todo o dinheiro, além de dois televisores, avaliados em quase R$ 3 mil, dois celulares e outros pertences.
No assalto, para não serem reconhecidos, os bandidos colocaram camisetas para encobrir os rostos, deixando somente os olhos aparentes. Segundo a investigação, os bandidos também cogitam sequestrar a vítima e levá-la para um cativeiro e o gerente do bando chegou a perguntar se podia matar a vítima.
Dias antes, os criminosos fizeram um "limpa em uma casa", no bairro Chapéu do Sol, de onde levaram eletrodomésticos da residência, como uma geladeira nova, lavadora de alta pressão, máquina de corta grama, ferramentas, bombas pulverizadoras de jardim, dando prejuízo de mais de R$ 4 mil.
Já no município de Barra do Bugres, os bandidos roubaram no dia 24 de novembro, um Honda HR-V, que foi apreendido com o líder do bando, Carlos Eduardo, com os sinais adulterados.
Eles também são apontados como responsáveis por um furto de onze televisores ocorrido em 29 de novembro. Os aparelhos foram recuperados durante as investigações.
Segundo a delegada Elaine Fernandes, a associação criminosa possui uma rede de integrantes de altíssima periculosidade. "Eles costumam monitorar a ação da polícia através dos radios HT's".