A proximidade do Partido da República (PR) com o grupo de oposição, encabeçado pelo pré-candidato ao governo do Estado, senador Pedro Taques (PDT), não será motivo para a legenda deixar as secretarias, sob o comando do partido, no governo Silval Barbosa (PMDB). A avaliação foi feita pelo secretário-geral do partido, deputado estadual Emanuel Pinheiro. A postura do PR durante as negociações para a composição de chapas tem incomodado algumas siglas que já possuem acordos com o senador pedetistam casos do PSDB e DEM. Líderes das duas siglas já cobraram os republicanos sobre o assunto. Eles entendem que para entrar no grupo de opoisção à gestão de Silval, o PR deve deixar as secretarias que ocupa.
Pinheiro não se mostra incomodado com a possibilidade de pedir votos para Taques, ter um candidato formando a chapa majoritária e ao mesmo tempo comandar secretarias de Silval. O parlamentar insinuou que a chance de o PR deixar as pastas é mínima. Segundo ele, a sigla republicana firmou compromisso com o atual governo até dezembro de 2014. “O PR só vai deixar cargos se entender que deve, pois o nosso compromisso com o governador encerra no dia 31 de dezembro de 2014, que é quando encerra o mandato dele”.
A indefinição do PR com a retomada do flerte por parte do PDT e do PSB, comandado pelo prefeito Mauro Mendes (PSB), deixou tucanos e democratas preocupados. A preocupação do DEM é maior, uma vez que o partido defende a candidatura do senador Jayme Campos (DEM) à reeleição enquanto o PR tem um pré-candidato ao cargo, o deputado federal Welington Fagundes (PR).
Diante da insatisfação com a aproximação de partido da base, tanto do PR quanto do PP, que já sinalizou poder romper com o governo e se juntar aos opositores, o PSDB estuda lançar uma candidatura própria, tendo o ex-secretário do governo Dante de Oliveira, Maurício Magalhães. Neste caso, o DEM, que tanto nacional, quanto regional é ligado aos tucanos, deverá caminhar com os colegas e assim a vaga para disputar ao Senado ficar livre para Jayme Campos.
Em uma reunião realizada nesta quarta-feira (12), entre Mauro Mendes e a bancada republicana da Assembleia Legislativa, as chances de o PR coligar com o grupo ficaram mais intensas. Para o prefeito, o fato de o PR permanecer aberto aos diálogos, mantém abertas as chances de composição. "Ficou claro pra mim que o PR não fechou nenhum acordo com o outro grupo político, até por que o outro grupo nem projeto têm. Encontrei um partido unido e disposto de aproximar o diálogo com o grupo que hoje está representado por Taques". Já o PR afirmou querer uma coligação tanto na chapa majoritária quanto na proporcional.