Um cabo da Polícia Militar, 41 anos, apontou legítima defesa no assassinato de Júnior César Gonçalves Marques, 34 anos. O crime ocorreu após uma festa de confraternização do Natal na rua São Cristóvão, no bairro Novo Horizonte, ontem de madrugada.
O militar, lotado no Comando Regional II, se apresentou ao oficial de área depois do crime e entregou a pistola da corporação. Segundo a versão dele, Júnior César estava armado, apontou um revólver em sua direção, disparando e atingindo seu sobrinho de 23 anos. Para se defender, ele efetuou dois disparos contra o homem.
O fato ocorreu depois que o filho do PM, um adolescente de 17 anos, se envolveu em uma confusão em uma festa de confraternização no referido bairro. O menor chamou o pai policial já que supostamente teria sido ameaçado por populares ao defender um usuário de drogas, que estaria presente na festa.
Conforme o adolescente, os populares ameaçavam matar o usuário e ele acionou o pai. Quando o policial chegou, localizou Júnior, que estava em uma motocicleta com uma mulher e tentava deixar o local.
Entretanto, de acordo com o boletim de ocorrências, Júnior teria descido do veículo e entrado em luta corporal contra o sobrinho e filho do PM, apontado arma e feito disparos. Além do sobrinho do PM, uma terceira pessoa também teria sido atingida no pé.
O militar efetuou dois tiros contra o homem, para se defender, pois ele teria lhe apontado arma. Júnior morreu no local, conforme constatação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
O sobrinho dele, ferido com o tiro, recebeu atendimento médico no Pronto Socorro. O caso está sob investigação da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A PM abriu procedimento administrativo para apurar o caso.