A Polícia Federal espera que se resolva pacificamente o impasse em relação ao aprisionamento de quatro policiais federais de Mato Grosso, na comunidade Flechal, no município de Uiramutã, no norte de Roraima. Segundo o superintendente regional da PF, José Francisco Mallmann, os quatro policiais feitos reféns pelos indígenas, desde a tarde de sexta-feira, estão sendo bem tratados.
Segundo o superintendente, os dois delegados e quatro agentes federais, que no sábado pela manhã foram negociar na comunidade, retornaram no fim do dia a Boa Vista. Ele afirmou ainda que não há planos para que sejam enviados outros policiais hoje.
Os indígenas que protestam contra a homologação em área contínua da terra indígena Raposa Serra do Sol já não exigem a presença do presidente da República ou do ministro da Justiça para negociar a libertação dos policiais.
– O administrador regional da Funai (Gonçalo Teixeira dos Santos) lhes disse que poderia bancar a ida de algumas lideranças até Brasília. Então, eles abrandaram o discurso e já aceitam conversar com um representante do Ministério da Justiça – relatou o superintendente.
A Polícia Federal não divulgou o nome dos policiais para preservar a privacidade das famílias. O superintendente informou apenas o cargo e a origem deles: um delegado, um escrivão, um perito e um papiloscopista (técnico em impressões digitais), todos lotados no Mato Grosso.