A segunda vara criminal da comarca sinopense declinou para a comarca de Itaúba (95 km de Sinop) a competência do processo envolvendo dois policiais civis, lotados na delegacia municipal sinopense, acusados de abuso de autoridade, tortura e de suposto envolvimento no desaparecimento de Creonte Ribeiro da Silva, 25 anos, no início do ano. A “transferência” da ação ocorreu depois que advogados questionaram a competência da comarca.
O inquérito foi aberto na delegacia regional, a partir do relato de três homens, presos pelos policiais, no dia 17 de janeiro, suspeitos de envolvimento no furto de uma moto, que estaria sendo investigado. A delegada Antônia disse, anteriormente ao Só Notícias, que “em razão disso, eles [policiais] tiveram a informação que essa moto estaria na cidade de Peixoto de Azevedo. Foram até lá e saíram da delegacia de Peixoto com quatro rapazes detidos. Dois adultos e dois adolescentes. Mas aqui em Sinop eles só chegaram com três pessoas detidas. Eles [três presos] alegam que os policiais teriam assassinado, em Itaúba, esse rapaz que não apareceu”.
Na ocasião, foram feitas buscas na região de mata, onde o caso teria acontecido, em Itaúba, porém, nada foi encontrado. Maria disse que os policiais presos disseram, em depoimento, que liberaram o jovem desaparecido. “Pela declaração deles, alegam que lá na cidade de Peixoto, o Creonte, que está desaparecido, teria sido liberado e que eles seguiram de Peixoto para cá apenas com o três rapazes que chegaram até aqui”.
Os policiais foram levados a Cuiabá, onde estão presos.