Os 19 policiais militares e bombeiros de Mato Grosso que irão integrar a Força Nacional de Segurança Pública (FNS) embarcam para o Rio de Janeiro na próxima sexta-feira (12). Amanhã (11/01), durante a solenidade de troca de comando da Polícia Militar, às 17 horas, o grupo irá participar da formatura.
Entre os policiais militares que vão integrar o grupo, dois deles são de Rondonópolis, cinco do Batalhão de Operações Especiais (BOpE), um do Grupamento Aéreo de Mato Grosso (Graer), um da Escola Tiradentes, um do 1º Batalhão de Cuiabá, três do 4º Batalhão de Várzea Grande, um da Polícia Rodoviária Estadual, e mais duas policiais militares do Batalhão de Guarda e do comando geral. Os policiais de Mato Grosso irão atuar em operações diversas nas divisas do estado do Rio de Janeiro.
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Carlos Brito, após contato com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) nesta quarta-feira, disse que o grupo ficará no Rio de Janeiro por um período de 60 dias, podendo esse prazo ser estendido. Todos os custos (diárias, estadia, transportes, etc.) serão bancados pela Senasp.
“O grupo que está sendo enviado por Mato Grosso representa, no total do efetivo da Força Nacional nessa operação, 440 homens, cerca de 5% dos homens. Isso se deve ao número de policiais treinados, 300 homens entre policiais militares e bombeiros”, ressaltou o secretário.
A Força Nacional de Segurança Pública está sendo formada por policiais oriundos de todos os Estados da Federação. A partir da semana que vem, eles vão atuar em 19 pontos das divisas do Estado do Rio onde serão montados bloqueios, impedindo a entrada de drogas e armas. Esses pontos foram selecionados a partir de informações da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, das polícias e da Receita Federal. Os agentes trabalharão em conjunto com as Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, preferencialmente em rodovias.
Entre as ações que serão realizadas está a vigilância na divisa com o estado de São Paulo, onde existem vários corredores de tráfico de drogas e armas.
O objetivo da operação, já batizada de Divisa Integrada, é combater o transporte de armas e entorpecentes, roubos de veículos, prender criminosos foragidos e impedir a troca de informações entre as facções, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
A presença da FNS foi solicitada pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) à União, para conter a onda de ataques de facções criminosas a ônibus, delegacias, carros e cabines da polícia, que deixou pelo menos 18 mortos e dezenas de feridos desde 27 de dezembro.
Os homens chegarão do Rio de Janeiro gradualmente até a realização dos jogos Pan-americanos, em julho.