O sequestro de mais de R$ 7 milhões em bens móveis e imóveis foi representado pela Polícia Civil nas investigações da operação “Confidere”, deflagrada ontem, para cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva e nove buscas e apreensões, nos municípios de Sinop, Sorriso, Alta Floresta, Tangará da Serra e Rondonópolis.
A Polícia Civil representou pela apreensão de casas, automóveis e motocicletas de luxo, terrenos e uma fazenda nas investigações presididas pela delegacia de Sorriso, que resultou na prisão de 14 pessoas envolvidas em um esquema de fraudes fiscais envolvendo o desvio milionário de mercadorias de uma empresa do ramo de fabricação e exportação de aço e metal.
Durante a operação, na cidade de Sinop, os policiais apreenderam, por garantia, duas motocicletas BMW, uma moto Kavasaki, dois automóveis BMW, sendo um avaliado em R$ 200 mil; uma Hilux nova no valor de R$ 190 mil; um Saveiro; um Pálio Atractive e uma S-10.
A maioria dos bens estava em nome do gerente de vendas, apontado como o líder da quadrilha, que também têm casas e outros imóveis na região, como fazenda e terrenos.
O esquema de desvio de mercadorias da empresa também contava com a participação de outros dois gerentes da empresa em Sinop, além de um representante comercial em Tangará da Serra e o gerente de expedição em Rondonópolis.
O delegado de Sinop, Ugo Ângelo Reck de Mendonça, disse que o padrão de vida dos funcionários era muito acima do que ganhavam nos cargos de gerentes. “Todos com mais de dez anos de empresa, com cargos de altíssima confiança, que desviavam entre R$ 100 a 300 mil por mês”.
Nas buscas também foram apreendidos folhas de cheques que, somadas, chegam ao volume de R$ 200 mil, além de relógios de marcas, computadores, celulares, materiais desviados como tubos, bobinas, estruturas de aço e outros.
O delegado de Sorriso, Bruno Abreu, informou que outros bens estão sendo levantados, por supostamente, terem sido ocultados pela organização criminosa, como um veículo comprado em nome da sogra e transferência de valores para terceiros.
Os cinco funcionários responderão por crimes de organização criminosa, mediante a distribuição de tarefas, furto mediante fraude, abuso de confiança e concurso de pessoas. "Estamos também investigando alguns crimes de lavagem de dinheiro praticados por um deles, tendo em vista que estão tentando ocultar bens em nome de terceiros”.
A investigação iniciou em janeiro deste ano, depois de denúncia de uma empresa, sediada em Sinop, por suspeita de que gerentes de alta confiança do estabelecimento estariam desviando materiais, por meio do cancelamento de notas fiscais.
O prejuízo que ultrapassa os R$ 15 milhões.