A Polícia Civil apreendeu, ontem à tarde, R$ 102,7 em notas todas manchadas, que foram furtadas durante a tentativa e furto, ocorridos segunda-feira de madrugada nas agências de uma cooperativa e do Banco do Brasil (CPA II), em Cuiabá.
Após a prisão de sete suspeitos envolvidos nas explosões de caixas eletrônicos, os policiais receberam informações, aliadas a outros dados da apuração, de uma casa no bairro Jardim Vitória, onde estaria o dinheiro. Eles surpreenderam três homens lavando as cédulas de R$ 100, R$ 50 e outras, em três bacias com whisky. Os suspeitos tentavam literalmente limpar as cédulas manchadas com a bebida destilada.
Foi apreendido um veículo Siena, que também havia informações de que foi usado no apoio aos criminosos que foram levados para sede da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) autuados em flagrante por tentativa de furto, furto qualificado mediante explosão e associação criminosa. Os nomes não foram divulgados.
Segundo a delegada Juliana Palhares, eles negam a participação nas explosões das agências, alegando que apenas estavam fazendo a lavagem do dinheiro. A investigação aponta que mais de R$ 1 mil foram comprados em whisky. Um dos presos confirmou ter sido comprado 10 garrafas da bebida, mostrando que estavam se preparado para ação criminosa.
No Banco do Brasil, eles usaram dinamites para explodir os caixas eletrônicos. Quando isso ocorre, um dispositivo solta tinta e mancha o dinheiro o que dificulta a circulação por parte dos criminosos.
No Nortão, ontem, criminosos dominaram familiares do gerente de uma cooperativa em Juara (300 km de Sinop) e o obrigaram a sacar dinheiro. De acordo com a polícia, foram levados pelos criminosos R$ 140 mil. O gerente e as demais vítimas foram soltas sem ferimentos. As buscas prosseguem.