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Polícia reabre investigação para localizar corpos de 4 assassinados em Mato Grosso; arsenal de facas apreendido

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa apreendeu hoje, no bairro Osmar Cabral, em Cuiabá, 30 armas perfurantes, entre facas, facões, canivetes e punhais. O arsenal foi encontrado na residência de um dos possíveis envolvidos no sequestro, tortura, assassinato e ocultação de cadáver de Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu da Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, 20 anos,

O mandado de busca e apreensão cumprido nesta terça-feira faz parte da segunda fase da Operação Kalypto para reunir novas evidências que possam auxiliar a Polícia Civil a chegar à localização dos restos mortais das vítimas, que desapareceram em maio de 2021, e a outros possíveis envolvidos nos crimes. Parte das armas estava embainhada e dispostas em cima de uma mesa da residência. Uma equipe da perícia da Politec-MT esteve no local para coletar evidências e analisar o material apreendido.

O local alvo das buscas fica próximo a outra casa onde, em fevereiro deste ano, foram encontrados indícios de que pessoas teriam sido executadas, durante a primeira fase das investigações. O delegado Caio Fernando Albuquerque explicou que a justiça determinou a reabertura das investigações e decretou mandados de busca e apreensão para chegar à localização dos corpos das vítimas e apurar se há outros envolvidos nos crimes.

Segundo a Polícia Civil, o proprietário da residência alvo das buscas tem vínculo com os denunciados na primeira fase da investigação pelas mortes dos quatro maranhenses e já foi investigado por outros crimes, entre eles, arrombamentos de caixas eletrônicos.

Os quatro maranhenses residiam em um conjunto de quitinetes no Jardim Renascer, em Cuiabá, de onde foram retirados à força no dia 2 de maio de 2021, por um grupo armado. As investigações tiveram início pelo Núcleo de Pessoas Desaparecidas da DHPP.

“Foi um caso complexo, inicialmente porque não havia (e ainda não há) os corpos, necessário à materialidade direta. Além disso, como ocorre nesse tipo de crime, muitas pessoas não quiseram dar informações. Contudo, conseguimos trazer para o inquérito corajosos depoimentos de familiares, ouvidos no Maranhão, para onde foram ‘tocados’ pelos criminosos, logo após os homicídios. Desta família, em Cuiabá, só ficaram os restos mortais”, apontou o delegado Caio Fernando.

Conforme a polícia, as mortes das vítimas trouxeram inúmeros reflexos também aos familiares, que saíram do Maranhão em busca de emprego e moradia em Mato Grosso. Todos os que moravam na Capital foram obrigados pelos criminosos a sair às pressas da cidade, deixando para trás empregos e moradia que haviam conquistado depois de sair do interior nordestino.

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