A Polícia Civil prendeu, ontem, em Colniza (897 quilômetros de Cuiabá) e Vilhena (Rondônia), três criminosos que participaram do roubo a uma cooperativa de crédito em Juruena, no noroeste mato-grossense, em setembro do ano passado. Dois estão foragidos e são procurados pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
Segundo a polícia, a investigação identificou os cinco integrantes da associação criminosa que planejaram o assalto ao banco na modalidade conhecida como ‘só no sapatinho’. Na ocasião, quatro deles seguiram até Juruena em um veículo de um dos criminosos. Dois deles invadiram a casa do gerente da agência, na noite anterior e fizeram a vítima e sua esposa de reféns. Após passarem a noite no imóvel, mantendo o casal em cárcere privado, no dia seguinte pela manhã, os criminosos deixaram a mulher amarrada na casa e seguiram com o gerente até o banco para concretizar o roubo.
A modalidade criminosa é conhecida por “só no sapatinho” porque a ação é feita de forma dissimulada, sem alarde, a fim de não levantar suspeitas de que um crime está em andamento. Contudo, a intenção dos criminosos foi frustrada, pois com a chegada de policiais militares à agência, a ação saiu de controle e quem estava dentro da agência fez mais três reféns, dois funcionários do banco que chegavam para trabalhar e um cliente que estava nos terminais de saque, obrigados a formar um escudo humano para que os assaltantes conseguissem fugir.
Outros dois criminosos aguardavam na rua, dentro de um veículo, para dar suporte na fuga dos comparsas. Com a chegada dos policiais, a dupla que estava do lado de fora da agência fugiu.
Os dois que estavam com os reféns pegaram o carro do gerente e fugiram por uma estrada vicinal, abandonando o veículo e os reféns a 35 quilômetros de Juruena. Após a dupla passar cinco dias em fuga pela mata da região, um quinto comparsa foi até o local em que estavam escondidos e os resgatou, usando o mesmo veículo empregado inicialmente na ação.
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