Policiais civis de Primavera do Leste (243 quilômetros de Cuiabá) cumpriram nesta semana três mandados de prisão contra os responsáveis pelo sequestro e assassinato de uma adolescente, de 14 anos, em novembro do ano passado, cujo corpo não foi localizado até hoje. Segundo a Polícia Civil, o trio já estava detido por outros delitos e são investigados pelo sequestro, cárcere privado e homicídio qualificado da jovem.
A Polícia Civil informa que inicialmente o “namorado da vítima procurou a Delegacia e relatou que sua namorada havia lhe pedido que a levasse até uma avenida na região comercial da cidade para se encontrar com uma pessoa”. Chegando ao local, a vítima desceu do veículo e entrou em um HB20 branco, que saiu rapidamente do local. Depois disso, ela não atendeu mais ao celular e nem fez contato com o namorado e familiares, que moram em Barra do Garças.
A jovem já havia sofrido uma tentativa de homicídio em 2022, quando foi atingida por sete disparos. Inicialmente apurada como desaparecimento, a investigação da Polícia Civil constatou que a adolescente foi vítima do que ficou popularmente conhecido como “tribunal do crime”, por acreditarem que ela integrava uma facção rival.
A partir das características do veículo, as diligências chegaram à identificação do veículo e da pessoa que estava na direção do HB20, além de outras duas pessoas que chegaram ao local e conversaram com o motorista antes dele sair com o carro levando a adolescente. No decorrer da investigação, a Polícia Civil recebeu informações de que a vítima teria sido sequestrada por integrantes de uma facção criminosa, levada até uma região de canoagem no Rio das Mortes, onde foi torturada e morta.
Os policiais apuraram que o homem, de 27 anos, foi o responsável por atrair a vítima até o ponto onde a levou no HB20. Após sair com ela, ele seguiu até o rio das Mortes, onde a garota foi morta e enterrada. Na sequência, ficou com o celular da vítima até o início do mês de dezembro. Um jovem de 19 anos e outro de 26 anos, foram identificados como os outros dois envolvidos na execução da adolescente. Um deles estava no regime semiaberto, com tornozeleira, mas o equipamento estava inoperante desde agosto de 2023. Ele é investigado ainda por participação em outro homicídio ocorrido em fevereiro deste ano.
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