sexta-feira, 20/setembro/2024
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Polícia prende criminoso que matou sargento da PM e filho em Cuiabá

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Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/arquivo)

A Polícia Militar prendeu, ontem à noite, três pessoas e apreendeu um adolescente, de 17 anos, suspeitos por associação criminosa, tráfico ilícito de drogas e porte ilegal de arma de fogo, no bairro Ribeirão do Lipa, em Cuiabá. Um dos suspeitos é Cleyton Cosme de Figueiredo, condenado a 18 anos pela morte do sargento da PM, Noel Marques da Silva, e de seu filho Noel Marques da Silva Júnior em 2020 e 2021, respectivamente. Ele estava foragido da Penitenciária Central do Estado. 

Segundo o boletim de ocorrência, os policiais receberam informações de que havia um homem sendo vítima de “salve” cometido por integrantes de uma organização criminosa. Assim que as equipes chegaram no local da ocorrência, os envolvidos correram em direção opostas. Os policiais conseguiram deter quatro delas. Durante busca pessoal, o adolescente foi flagrado com três porções de substância análogas à cocaína. Uma suspeita possuía mandado de prisão em aberto expedido pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Na casa da jovem, os militares apreenderam uma porção de ácido bórico e três trouxinhas de maconha.

Os militares ainda identificaram outro integrante da quadrilha, Cleyton Cosme de Figueiredo, como sendo o assassino do sargento e do filho do policial militar. O suspeito afirmou que era foragido da Penitenciária Central do Estado e que havia uma arma de fogo em sua residência. Ele ainda possuía um mandado de prisão em aberto expedido pela 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.

No local, os militares apreenderam uma balança de precisão, um revólver calibre 38 e cinco munições intactas. Os suspeitos e todo material apreendido foram encaminhados à delegacia para registro do boletim de ocorrência.

Assassinato do pai e filho

Em agosto de 2020, o policial militar aposentado Noel Marques da Silva, de 52 anos, foi atingido por três tiros na cabeça ao chegar em casa de carro no Bairro Jardim Colorado, em Cuiabá. Na época, um homem suspeito do crime foi preso no local com drogas. Já em março de 2021, sete meses após o pai, Noel Marques da Silva Júnior, 33 anos, foi morto por dois homens que invadiram a casa dele. No dia dos fatos, dois homens armados o abordaram e ele morreu ao ser atingido por três tiros na cabeça.

No ano passado, Tatiane Borralho de Oliveira Silva foi condenada em Tribunal do Júri realizado em Cuiabá, a 22 anos de reclusão pelo homicídio qualificado do marido, o policial militar da reserva Noel Marques da Silva, de 52 anos. Segundo a Polícia Civil, o crime foi encomendado e teve o envolvimento direto de três pessoas investigadas pela DHPP, incluindo Cleyton recapturado, ontem. Conforme a apuração realizada ao longo de um ano, que reuniu dezenas de oitivas, exames periciais, relatórios investigativos, buscas e apreensões, a mandante do crime foi a ex-mulher, com quem a vítima foi casada por mais de dez anos e teve uma filha.

Durante a apuração inicial sobre o homicídio de Noel Marques, ainda no local de crime, os policiais da DHPP reuniram informações de que a morte teria sido encomendada pela viúva da vítima, assim como também se chegou à identidade de um dos executores. A equipe policial reuniu informações de que a vítima e a ex-mulher viveram um relacionamento conturbado e marcado por traições públicas por parte da mulher, inclusive, com postagens em redes sociais exibindo outros parceiros.

“Somando outros momentos da investigação, a viúva despontou então como mandante do crime e identificou-se o executor, conforme indícios produzidos no inquérito. A vítima chegou a comentar, conforme testemunhos, que a esposa lhe teria dito em algumas ocasiões que ‘ou ela o mataria ou o colocaria na cadeia’, explicou o delegado Caio Fernando, na época dos fatos.

Um dos pontos da investigação da DHPP que corroboraram os indícios contra o executor do homicídio foi a morte do filho da vítima, que, ao que tudo indica nas apurações, foi motivada pela cobrança feita por Noel Marques Filho pelo esclarecimento da morte do pai, que ia sempre à delegacia pedir para que o homicídio do militar fosse elucidado.

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