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Polícia prende pai e dois filhos por assassinato em Mato Grosso

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Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/Lucas Torres)

A Polícia Civil prendeu hoje, em Colniza, na região noroeste de Mato Grosso, pai e dois filhos, investigados por um homicídio ocorrido no município. A equipe policial da Delegacia de Colniza cumpriu ainda os mandados de busca e apreensão contra os envolvidos. A Justiça decretou ainda a quebra do sigilo de dados contra os três investigados.

Francisco Eduardo Borralho da Silva, de 35 anos, foi encontrado morto, com disparos de arma de fogo, no dia 2 de março, em uma avenida de Colniza. Durante a investigação na cena do crime a equipe policial encontrou um chinelo e um boné na calçada da casa dos investigados. Ao perguntar se alguém da residência havia visto algo em relação ao crime, o dono da casa e seus dois filhos se limitaram a responder que não tinham escutado nada e que iriam para a fazenda naquele momento.

A residência tinha câmeras de monitoramento e a Polícia Civil solicitou as imagens, pois devido às posições em que se encontravam, poderiam ter registrado cenas do crime. O dono da residência respondeu que as câmeras não estavam funcionando, entretanto, demostrou nervosismo.

Em diligências posteriores, a equipe de investigação apurou que o dono da residência mentiu, pois, as câmeras estavam em funcionamento, o que levou a Polícia Civil a suspeitar de tal atitude. Em análise das imagens, os investigadores extraíram que, por volta da meia-noite, a vítima passou pela avenida do Contorno, entrou em outra rua e ficou parada por alguns segundos em frente a casa dos investigados. Depois foi em direção ao portão da residência, voltou para a frente da casa do lado e ficou parada no meio da rua por um tempo.

As imagens mostram ainda que minutos depois, Francisco retorna em direção à casa dos investigados, mas sai e vai para o outro lado da rua, como se tivesse indo embora. Naquele momento, uma câmera mostra que duas pessoas saem da casa e cercam Francisco Eduardo no meio da rua, próximo a um caminhão branco. A vítima tenta escapar dos seus agressores e sai correndo, deixando cair o boné e chinelo, quando é atingida por disparos de arma de fogo e cai na rua.

O delegado de Colniza, Giuliano Bertucini, explica que o modo de agir dos investigados, quando requeridas as imagens das câmeras de segurança da residência para análise, demonstrou a tentativa de atrapalhar a investigação, não apenas se negando em ceder as imagens, como tentando obter novo sistema de armazenamento para substituir aquelas do dia em que ocorreu o homicídio.

Na decisão que decretou as prisões preventivas, as buscas e quebra de sigilo telefônico, o juiz da Comarca de Colniza, Luiz Antônio Muniz Rocha declarou que, na análise dos elementos obtidos na investigação, é possível aferir indícios de autoria delitiva dos investigados.

“A dinâmica dos fatos relatados pelos investigadores de polícia, consubstanciada com as imagens de monitoramento, levam à conclusão lógica da existência de materialidade e indícios suficientes de autoria. Ainda que não se consiga visualizar a face dos acusados nas imagens, estas demostram, claramente, que os suspeitos saem e entram na casa dos representados, antes e após a morte da vítima”, diz trecho da decisão.

As buscas foram cumpridas na residência dos investigados e na propriedade rural. Os materiais apreendidos, como celulares, sistema de câmeras de seguranças, entre outros, serão analisados pela equipe da Delegacia da Polícia Civil, a fim de instruir o inquérito.

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