A Polícia Civil localizou e prendeu uma mulher, de 45 anos, condenada pela justiça a 17 anos de prisão por integrar uma quadrilha que assaltou uma agência bancária em Poconé (103 quilômetros de Cuiabá), há 16 anos, na modalidade que ficou conhecida como Novo Cangaço. A acusada foi localizada hoje, em Aparecida de Goiânia, região metropolitana de Goiânia, após diligências investigativas realizadas pela Gerência Estadual de Polinter e Capturas (Gepol).
O mandado de prisão da mulher foi expedido pela justiça mato-grossense em março deste ano pela condenação a 17 anos e seis meses de reclusão em processo penal pelos assaltos ocorridos em Poconé, em fevereiro de 2004. Ela integrava uma organização criminosa que agia em roubos a bancos praticados na modalidade “Novo Cangaço”, em vários estados do País.
Após receber solicitação e informações do delegado de Poconé, Ruy Guilherme Peral da Silva, a equipe da Polinter iniciou levantamentos cartorários e de campo para localizar a foragida. A mulher foi apontada nas investigações, juntamente com seu marido, por dar apoio material à quadrilha de ladrões de bancos que assaltou as agências e casa Lotérica. O grupo, de aproximadamente dez criminosos, assaltou os locais usando violência e grave ameaça a moradores.
Durante o assalto, os integrantes da quadrilha fizeram disparos de forma aleatória utilizando armamentos de diversos calibres, entre eles de uso restrito das Forças Armadas e também armas de guerra como de calibre 7.62, modelo russo AK-47, fuzil americano AR-15, pistolas semiautomáticas calibre 45 e escopetas calibre 12 para amedrontar a população e causar pânico.
Durante o crime em Poconé, os assaltantes fizeram como reféns dois policiais militares, que foram algemados e colocados na carroceria de um veículo e partindo em direção às agências bancárias atacadas. Depois de render funcionários e clientes das agências, o grupo levou todo o dinheiro existente. Na fuga, ainda roubaram uma camionete Ford Ranger, posteriormente, incendiada sobre a ponte do rio Bento Gomes para impedir que fossem perseguidos.