Mais de 900 membros do Comando Vermelho de Mato Grosso foram presos em operações coordenadas pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso entre 2017 e 2018. No ano passado foram 374 membros de facções criminosas presos e, este ano, até novembro, já são 539.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, o fortalecimento geral da atividade de inteligência foi o maior responsável pelas grandes operações e desmantelamento de organizações criminosas que atuavam em várias frentes do crime, como roubos e furtos a patrimoniais (residências, comércios e pessoas), veículos, bancos, defensivos agrícolas, ataques a servidores e instituições do Estado. “Houve o fortalecimento da Diretoria de Inteligência da PJC. Consequentemente, intensificou a repressão qualificada no que tange aos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A Polícia Judiciária Civil realizou grandes operações ao longo dos últimos dois anos, sendo prova de quando se investe na inteligência policial a redução dos índices criminais é proporcional”. O delegado geral destacou, ao menos, 90 grandes operações, entre as centenas Desencadeadas pela Polícia Civil em 2018.
A operação “Red Money” está entre estas grandes investigações do ano. O trabalho visou desestruturar a base financeira do Comando Vermelho que age de dentro de presídios em Mato Grosso. Os criminosos investigados na operação eram responsáveis pela arrecadação financeira e movimentação de valores pertencentes à facção criminosa.
A movimentação financeira da organização criminosa, no período de um ano e meio, chegou a cerca de R$ 52 milhões, entre entradas e saídas nas contas bancárias verificadas. Em duas fases, realizadas em agosto e outubro, o conjunto probatório de provas resultou no indiciamento de 113 pessoas envolvidas com a facção criminosa.
Durante a investigação foram expedidos 110 mandados de prisão preventiva, sequestro de 23 imóveis, incluindo uma fazenda no município de Salto do Céu, apreensão de cerca de R$ 60 mil, em joias, bloqueio e sequestro de valores em contas bancárias, além de apreensão de dinheiro em espécie, cerca de R$ 730 mil.