A Polícia Civil prendeu os executores e os mandantes de um duplo homicídio e uma tentativa, ocorrida na sexta-feira (19), em um assentamento rural, no município de Campos de Júlio (região Noroeste). O crime foi encomendado pela presidente da associação rural, J.S.S., 39 anos, e seu companheiro R.C.H., 45 anos, por interesses na comercialização da área, cuja várias famílias eram pressionadas a deixar a terra.
O crime foi executado pelo filho da mulher, B.S.O., 20 anos, e D.M.C., 27 anos. De acordo com o delegado de Comodoro, Henrique Trevizan, os dois executores por volta das 23h foram até a casa das vítimas, Maria do Carmo Moura Ferreira Araújo, 27 anos, e Gonçalo Araújo, 57 anos, e lá ficaram escondido até que o casal chegou com o filho Carlos Augusto Araújo, 22 anos, quando todos foram rendidos e levados para o quarto. O casal foi executado com tiros e golpes de marreta e o filho ao fugir foi atingindo com um tiro no braço. Ele conseguiu correr até um vizinho e se esconder na propriedade. “Esse mesmo vizinho me ligou”, disse o delegado.
Conforme Trevizan, após matar o casal, os executores fugiram no veículo Fiat Strada da família, mas entre os municípios de Campos de Júlio e Nova Lacerda colocaram fogo na picape. Em seguida, na cidade de Nova Lacerda, B.S.O. tomou de assaltou um táxi se fugiu sozinho em direção ao município de Juína, sendo preso no sábado à tarde, pela Polícia Militar, ao se aproximar da cidade. Seu comparsa foi preso em Campos de Júlio, no domingo (20), pela Polícia Civil.
“Durante os interrogatórios descobrimos os mandantes”, informou o delegado. Os dois mandantes tiveram mandados de prisão preventiva decretados e foram presos no final da tarde de domingo (20).
Os quatros suspeitos estão presos na cadeia de Comodoro e vão responder por crimes de duplo de homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, por motivo torpe, impossibilidade de defesa das vítimas. Os dois executores ainda foram indiciados por furto e roubo de veículos.
Contra o casal havia denúncias de ameaças com disparo de arma de fogo. “A comunidade está muita revoltada e nesta noite colocaram fogo na casa da Jaqueline, destruíram tudo”, acrescentou o delegado Henrique Trevizan.
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