Foram cumpridos sete mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão, em resposta aos ataques praticados contra três casas de agentes penitenciários e à sede do sindicato da categoria. As ordens judiciais foram executadas em Cuiabá, Lucas do Rio Verde, Água Boa e Tangará da Serra. Os suspeitos são investigados em crimes de tentativa de homicídio qualificado e organização criminosa.
Os alvos da operação são cinco mandantes apontados como lideranças de alto escalão de uma facção criminosa. Foram eles que ordenaram os ataques praticados por membros de menor escalão, que estão do lado de fora da cadeia. Quatro dos líderes estão presos em estabelecimentos prisionais do Estado e serão notificados das ordens dentro Penitenciária Central, em Cuiabá e nas cadeias de Água Boa e Tangará da Serra.
O quinto, apontado como um dos principais chefes da facção que foi preso em Sorriso, na sexta-feira, pelas equipes do GCCO, depois, transferido para Cuiabá em aeronave do Ciopaer e submetido a audiência de custódia, permanecendo preso em uma unidade prisional.
As investigações iniciaram no dia 22 de março, após tiros efetuados na casa de um agente penitenciário, no bairro Nova Conquista, em Cuiabá. No dia seguinte, disparos foram feitos contra a sede do Sindicato dos Agentes Penitenciários. Novos disparos em duas casas de agentes ocorreram no dia 24 doo mesmo mês, na região de chácara do bairro Sucuri, na capital e no bairro Vila Arthur, em Várzea Grande.
Os criminosos também são investigados na autoria da explosão de um pedaço do muro da Secretaria de Estado de Segurança Pública, ocorrido na madrugada do dia 18 de abril. Imagens de explosivos, armas e mensagens encontradas em celulares apreendidos com os presos, durante revistas realizadas pelo Sistema Penitenciário nas celas, indicam que eles também planejaram e executaram a ação criminosa contra a Sesp.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, todos os celulares apreendidos nas revistas são encaminhados à Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para análise de conteúdos, que são usados como elementos de prova na investigação.
Os trabalhos são coordenados pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), com apoio investigativo do Núcleo de Inteligência da Diretoria Metropolitana e Inteligência do Sistema Penitenciário da Sejudh, e apoio operacional da Polícia Federal, Diretoria de Inteligência, Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), das Delegacias da Polícia Civil de Lucas do Verde, Guarantã do Norte, Sorriso, Tangará da Serra, Água Boa, Gerência de Operações Especiais (GOE) e Centro Integrado de Operações Aéreas (CIOPaer).