Dois jovens de 21 anos foram presos de forma preventiva, hoje, investigados pelo homicídio de Júlio Tomaz Araújo Gomes, de 18 anos, em março deste ano. A investigação apontou que Júlio foi morto por um vizinho. O corpo do jovem foi encontrado em uma estrada vicinal de Nova Mutum.
Durante as diligências para esclarecer o homicídio, a equipe ouviu pessoas próximas à vítima. Chamou a atenção dos policiais uma pessoa que dividia a residência com a vítima. Por diversas vezes, a suposta testemunha tentou se esquivar de ser ouvido na delegacia. Após ser intimado, ele compareceu, mas segundo a polícia, apresentou explicações contraditórias e escondeu informações, como um desentendimento que teve com a vítima e seu verdadeiro endereço residencial.
A equipe apurou que a testemunha ouvida na realidade morava com mais outra pessoa. No dia 25 de março, o investigado, que até então estava como testemunha da investigação, foi detido em flagrante por posse de arma de fogo de uso restrito junto com um comparsa. Com a dupla, foi apreendido um revólver, munições e entorpecentes, em uma residência no bairro Colina 2.
A prisão ocorreu depois da testemunha afirmar, em depoimento na delegacia, que não tinha aparelho celular. Contudo, após sair da delegacia, ele foi abordado em uma via pública da cidade após ser visto pegando um aparelho telefônico que escondeu em um canteiro perto de um restaurante.
Novamente interrogado, o rapaz de 21 anos informou que morava com outro rapaz, de mesma idade. Ele também possuía uma arma de fogo. Na residência, foram apreendidos o revólver de calibre 38, 12 munições do mesmo calibre e outras 31 de calibre 40. O revólver estava com a numeração raspada e os dois suspeitos foram conduzidos em flagrante.
A arma apreendida passou por perícia da Politec e constatada que foi a mesma utilizada no homicídio de Júlio Tomaz. As evidências reunidas na investigação apontaram que os dois suspeitos estavam envolvidos no homicídio que ocorreu porque a vítima teria “contrariado interesses de uma facção criminosa”, apontou a Polícia Civil, através da assessoria.
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