Três autores de um furto na ordem de R$ 3 milhões foram identificados e presos na segunda-feira (06) passada, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, por investigadores da Gerência de Repressão a Seqüestro e Investigações Especiais (GRSIE) da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso. A polícia apreendeu um caminhão bitrem Mercedes Benz, ano 2005, dois veículos, um Golf e outro Fiat Stilo, duas motos de 600 e 1000 cilindradas. A informação só foi divulgada esta tarde pela polícia de Mato Grosso.
Os ladrões também compraram outros imóveis, sendo salas comerciais, casas e apartamentos. Estes imóveis foram adquiridos em Cuiabá e em Mato Grosso do Sul. Os bens estão em nome de familiares dos supostos ladrões. Uma caminhonete Hilux, também foi comprada, mas já teria sido vendida.
Os suspeitos Vilmar da Silva Souza, 28, (“Cocó”), Anderson Ferreira da Silva, 27, o “Som”, e Marcelo Soares da Silva, 29, chegaram a ser presos temporariamente (cinco dias), mas foram liberados na última sexta-feira (17) em razão do vencimento da prisão. Os suspeitos confessaram o furto e apontaram o local onde a quantia foi furtada.
Conforme o delegado, Luciano Inácio da Silva, a descoberta ocorreu durante as investigações de dois grandes roubos a bancos ocorridos este ano. Um da agência do banco do Bradesco, da Avenida Fernando Correa, em Cuiabá, onde R$ 400 mil foram roubados no dia 06 de julho e outro da agência do Banco do Brasil de Tangará da Serra, ocorrido em 29 de janeiro de 2008. “O que chamou a atenção nesses meninos foi a ‘gastança’. A polícia chegou a associar o dinheiro gasto com os valores roubados”, disse o delegado. “Com a prisão deles, a polícia chegou a esse dinheiro roubado na garagem”, completou Luciano.
Embora nenhuma vítima tenha reclamado o furto, o crime ocorreu. “Houve o crime de furto qualificado. Vítima tem, nem que seja de danos materiais”, afirma Luciano Inácio. A origem do dinheiro e o destino dado pelos bandidos serão etapas da investigação. “A polícia vai mapear e rastrear o que foi feito com o dinheiro. Vamos pedir a indisponibilidades dos bens à justiça até que a averiguação da origem do dinheiro”, frisou Luciano Inácio.
Outros parentes dos supostos ladrões estão sendo investigados na lavagem do dinheiro.
A ação foi orquestrada pelo grupo que teria recebido a informação de certa quantia de dinheiro, dentro de um carro na garagem de um prédio, localizado na região do bairro Santa Rosa, em Cuiabá. Na madrugada do dia 17 de julho deste ano, usando um veículo Golf, eles entraram no local. O dinheiro estava em caixas dentro do porta-malas de um veículo Honda Fit, de propriedade de um empresário do ramo de engenharia. Para entrar na garagem, os ladrões teriam contado com a ajuda de um funcionário do condomínio que está sendo investigado. Segundo os ladrões, o dinheiro estava em 10 caixas contendo cédulas de 10, 20, 50 e 100 reais. A divisão foi feita por caixas.
Quando entraram na garagem, os bandidos tinham conhecimento que era algo em torno de 40 mil. O dono do automóvel será ouvido pela polícia, mas ainda não há data agendada, pois ele está viajando.
Oficialmente, a polícia não aponta quem é o dono dos R$ 3 milhões. Mas o delegado admitiu que será ouvido o empresário Air Bondespacho e Silva, irmão da ex-deputada Celcita Pinheiro. O delegado disse ter sido informado pelos advogados que o empresário está viajando e deve retornar a Cuiabá na próxima semana, quando será convidado a prestar esclarecimentos.
(Atualizada às 19:02hs)