Quem é o novo homem forte, ou o poderoso chefão do jogo do bicho em Mato Grosso? Pelo menos cinco nomes tidos como certos estão na lista da Polícia Civil para substituir João Arcanjo Ribeiro, o “Comendador”, que reinou no Estado por mais de 20 anos. Há controvérsias sobre a continuidade da atuação de Arcanjo a frente dos jogos. Há quem garante que ele continua o “rei”, mas também existem conversas de que Arcanjo se sente traído por quem está agindo em nome da Colibri e da JAR (as iniciais de João Arcanjo Ribeiro). O certo, no entanto, é que os jogos continuam a todo vapor. O diretor geral da Polícia Civil, José Lindomar da Costa, 45 anos, defende a legalização do jogo do bicho.
Ao mesmo em que luta para fechar todas as portas do jogo do bicho, a Polícia Civil também afirma ser praticamente impossível – devido a popularidade do jogo do bicho, considerado um “adorável vício” -, combater a contravenção. Mesmo assim, aqui e acolá, tanto a Civil, como a Polícia Militar e o Grupo de Apoio e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) estão prendendo contraventores, a maioria “peixe miúdo” em Cuiabá, Várzea Grande e pelo interior do Estado.
Um mineiro de Belo Horizonte, um carioca da Baixada Fluminense, um paraense de Belém, um goiano de Goiânia e um paraibano de Alagoas seriam os cinco nomes fortes investigados a sete chaves pela Polícia Civil e pelo Gaeco. Mas quem seriam estes homens, ricos e poderosos em seus Estados. Os nomes, no segundo o promotor de Justiça Célio Wilson ainda são desconhecidos.
Para o delegado Lindomar Costa, diretor geral da Polícia Civil, uma das formas de acabar com a clandestinidade seria a legalização do jogo do bicho.