Com base nas estatísticas da Associação Matogrossense dos Transportadores Urbanos (MTU), a Polícia Militar tem intensificado o patrulhamento nos bairros com maior incidência de assaltos. Além disso, trabalha junto com o serviço de inteligência para coibir a prática de tais crimes, buscando localizar indivíduos em atitude suspeita que estejam nas proximidades dos pontos de ônibus.
No entanto, a falta de informações atualizadas mês a mês impede uma resposta mais rápida das companhias da PM nos bairros. Quem explica é o tenente-coronel João Evangelista do Nasci- mento, que responde interinamente pelo Comando Regional da Capital (CR-1) da corporação. "Se houvesse este tipo de contato, poderíamos direcionar o policia- mento para áreas que registram aumento e diminuir ainda mais a ocorrência de assaltos a ônibus".
Recentemente, a PM recebeu o estudo da MTU e já o distribuiu às unidades, companhias e bases, para que mudanças sejam efetuadas na forma de combater este tipo de crime. Outra dificuldade enfrentada pela PM é a falta de registro de ocorrências sobre assaltos a passageiros. Por conta da insignificância do que é roubado, um celular, ou pouco dinheiro, a maior parte das vítimas evita registrar queixa ou acionar os policiais via Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp).
Como exemplo, Evangelista cita uma suposta onda de crimes ocorrida no Terminal do CPA, um dos principais da cidade. A última ocorrência que consta nos registros da Segurança Pública data de agosto do ano passado. "Não duvidamos que tenham ocorrido assaltos e compreendemos a indignação das vítimas, que procuram a imprensa para cobrar mais policiamento. Mas sem estes dados não é possível planejar um policiamento que seja eficaz e preventivo". Mesmo assim, pontua que viaturas realizam rondas na região em busca de suspeitos.
O comandante interino do CR-1 defende a ampliação das parcerias com empresas e a sociedade, de forma a garantir a segurança e o sossego da população. "Estamos de portas abertas porque acreditamos que a cooperação é a chave para reduzirmos os índices de criminalidade na cidade".