A descoberta de um grupo em um aplicativo de mensagens onde estava sendo planejado um suposto ‘massacre’ na Escola Estadual 13 de Maio, em Sorriso, que tem cerca de 800 estudantes, deixou pais e alunos apavorados, ontem. Na conversa divulgada jovens combinavam de levar fogos para assustar os alunos e facas para matá-los.
“Sugiro que levem um rojão daqueles que fazem um barulho alto. E levem uma faca ou facão, leve dois porque quando cortar a carne, que tem gordura que vai desafiar o facão. Faça isso na saída onde sem um monte junto. Mas tem que incurra-la (sic) no primeiro andar. Aí você joga o rojão contra eles. Alguns vão cair desesperados e vão ser psoteados (sic) pelos outros. Esses caídos pode matar no facão mesmo”.
De acordo com o diretor da unidade, eles tomaram conhecimento da combinação para o suposto massacre, ontem à noite. “Verificamos que em um primeiro momento seria lá na sede (ataque), fomos lá e não tinha nada e, hoje pela manhã, surpreendemos porque não tínhamos ainda o conhecimento desse WhatsApp, mas já descobrimos quem são os alunos que fomentam essa conversa e vamos tomar as medidas cabíveis. Entendemos o pânico dos pais, não só na sede como na extensão e pedimos desculpa”.
O delegado da Polícia Civil de Sorriso, André Ribeiro, disse que o caso já foi resolvido e que os responsáveis foram identificados e podem ser punidos. “Deslocamos uma equipe para o local para conversar com os alunos e com os pais e chegamos a conclusão que se trata mais de uma brincadeira infeliz de alunos arruaceiros querendo causar pânico na escola. Depois daquela tragédia em Suzano (SP), tivemos vários alunos brincando com esse tipo de coisa. Tivemos em Nova Ubiratã um caso semelhante, que causou muito pânico. Nós já identificamos, estamos com o endereço de alguns alunos, vamos ouvir eles e os pais e se comprovada a participação deles serão punidos pelo tumulto que causaram na escola tanto administrativamente na escola como criminalmente junto ao Ministério Público”.