Balanço da Polícia Federal aponta que 31 pessoas já foram presas em Mato Grosso, em pelo menos quatro operações, realizadas entre janeiro e abril. O número, que abrange as ações já finalizadas, inseridas no sistema de estatística, corresponde a pouco mais de 10% das 277 prisões ocorridas em nível nacional, decorrentes das 43 operações desencadeadas, no período, no país.
A estatística da PF aponta que uma das últimas operações realizadas foi a São Lourenço, de combate à falsificação, comercialização e contrabando de agrotóxicos. 21 pessoas foram presas, além de mandados de busca, apreensão e condução coercitiva terem sidos cumpridos em Rondonópolis, Poxoréu, Primavera do Leste, Jaciara, Campo Verde, Nova Xavantina, Dourados (MS), Fernandópolis (SP), Monte Aprazível (SP), Miguelópolis (SP) e Ituverava (SP).
A primeira operação deflagrada no Estado foi a BPC, em fevereiro, por meio da Força Tarefa Previdenciária, composta pelo Ministério da Previdência Social e Ministério Público Federal. Ela desarticulou um esquema de fraudes que consistiam em inserções de dados falsos nos sistemas da Previdência Social, para serem utilizados nas concessões de benefícios previdenciários. 39 mandados judiciais foram expedidos, sendo quatro mandados de busca e apreensão e 35 mandados de condução coercitiva.
Raiz foi nome da outra operação deflagrada, também em fevereiro, para desarticular uma quadrilha que atuava na penitenciária da Mata Grande (em Rondonópolis), de onde controlavam a distribuição de entorpecentes na região Sul de Mato Grosso. Nove pessoas foram presas, entre elas, um policial militar que participava dos crimes facilitando a entrada de drogas e telefones celulares no presídio.
Pro Vita foi o nome da outra operação feita. Desencadeada em março, Barra do Garças, investigações revelaram a existência de uma rede criminosa, dividida em duas ramificações que interagiam. A primeira, importava e distribuía medicamentos de origem estrangeira sem o necessário registro na Anvisa. A outra, composta por médicos e pessoas associadas, realizavam procedimentos abortivos mediante recebimento de vantagens financeiras. 66 mandados judiciais foram cumpridos, sendo 11 de prisão temporária, 33 de conduções coercitivas e 23 de busca e apreensão.