A Polícia Federal destruiu seis balsas e seis motores usados no garimpo ilegal na Terra Indígena do Baú, sul do Pará, área do município de Novo Progresso. A ação é da Operação Mercúrio, que faz parte da Operação Guardiões do Bioma e os dados foram divulgados hoje. O foco principal foi a destruição dos garimpos Pista Nova, Coringa e Jurandi, encontrados ao longo do rio Curuá.
A operação começou no dia 8, data em que foram apreendidos cerca de 12 gramas de ouro, de um garimpeiro que foi multado em aproximadamente R$ 1 milhão pelo IBAMA. Além disso foram queimadas três balsas utilizadas no crime. Uma dessas balsas, equipada com televisão e ar-condicionado, foi avaliada em R$ 2 milhões.
No segundo dia, os alvos foram os garimpos Coringa Nova, Coringa Sul, Pista Nova e Novo Horizonte, onde foram apreendidos aproximadamente 30 gramas de ouro. Foram inutilizados motores utilizados na extração de ouro e centenas de litros de combustível.
No domingo, último dia da operação, foram inutilizadas mais três balsas, apreendidos 40 gramas de ouro e 23 de munições. O dono de uma das balsas foi identificado e agora será investigado. Os garimpeiros fugiram ao ver a chegada da operação. Ninguém foi preso.
Segundo a Polícia Federal, a operação também busca acabar com o conflito entre dois grupos indígenas dos Kayapós presentes na região: uma parcela menor, a favor da presença dos garimpeiros, e um grupo maior, que é contra essa presença.
De acordo com a PF, a extração irregular de ouro pode causar danos graves ao meio ambiente como a poluição dos leitos dos rios e danos irreparáveis à fauna e a flora, além de interferir na preservação e manutenção das tribos indígenas.
“A Polícia Federal continua o trabalho de investigação e combate ao desmatamento no interior da Terra Indígena Baú e de responsabilização dos infratores”, informou o órgão, por meio da assessoria.