A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Rondonópolis deflagrou, há pouco, a segunda fase da Operação Cattus contra investigados por fraudar e adulterar medidores de energia elétrica e policiais cumprem 11 mandados judiciais, sendo quatro de prisão temporária e sete de buscas e apreensões em empresas e pessoas investigadas.
A DERF identificou os responsáveis pela operacionalização da fraude e apontou que quatro pessoas se associaram para adulterar medidores e furtar energia elétrica, entre elas está um estabelecimento comercial, alvo da operação, e se beneficiaram dos mecanismos fornecidos pela associação criminosa.
Os policiais descobriram que um homem juntamente com outros quatro comparsas se juntaram para fazer a adulteração de medidores de energia elétrica, contaram com apoio e participação de funcionários de empresas terceirizadas que prestam serviços para a concessionária de energia. Apenas ano passado, houve perda de 728 mil gigawatts em decorrência de fraudes e furtos de energia em Mato Grosso e a concessionária aponta que corresponde a 14% de perdas não técnicas, e o Estado deixou de arrecadar R$ 150 milhões em impostos.
Os indícios reunidos no inquérito policial mostram que três investigados são sócios em empresa que presta serviços elétricos, sendo os responsáveis pela adulteração dos medidores e instalação nas residências de pessoas interessadas na utilização do mecanismo fraudado. E outro investigado, também integrante da associação criminosa, é responsável pela arregimentação de clientes interessados na fraude e fornecimento de software para operar a adulteração de medidores.
A polícia também informa que um investigado trabalhava em uma empresa terceirizada, era o responsável pela venda de lacres de segurança que garantem a segurança do medidor de energia e a troca de medidores. Ele também fornecia material como uniformes, botinas e lacres com a identificação da concessionária, usados pelos executores das fraudes para se passarem por funcionários da concessionária e não chamar a atenção no momento da instalação dos medidores adulterados.
Além da adulteração dos medidos, os investigados ainda explicavam como a pessoa interessada devia proceder o envolvido na fraude orientava o interessado a ligar na concessionária e solicitar um pedido aleatório. Com o protocolo do pedido, ele entrava em contato com outro investigado, que por sua vez acionava um funcionário da concessionária em Cuiabá, que gerava uma ordem de serviço para a troca de medidor compatível com o processo de adulteração, recebendo a quantia R$ 300 por medidor trocado.
Em outra ação, um envolvido no esquema simulava fiscalizações da concessionária, forçando os clientes da Energisa que usavam medidores fraudados a pagar valores para não serem autuados. Após realizarem a fraude em medidores, eles criavam outra situação, simulando a fiscalização para lucrar tanto na adulteração quanto na suposta fiscalização. Ele vendeu a um dos comparsas um pacote com cem lacres de medidores pelo valor de R$ 400. Com os lacres em mãos, dois investigados manipulavam os equipamentos para implantar a central dentro dos medidores, fazendo o lacre e deslacre sem gerar problemas aos donos das unidades consumidoras.
Em instantes mais detalhes
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