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Polícia faz operação jogatina 2 e cumpre 36 mandados em 3 cidades de Mato Grosso e Goiás

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Só Notícias (fotos: assessoria)

A Polícia Civil iniciou, há pouco, a operação Jogatina 2 para cumprir 36 mandados de buscas e apreensões em locais de apostas de jogo do bicho e outros crimes assemelhados, em Barra do Garças (500 km de Cuiabá), Pontal do Araguaia e Aragarças (GO).

A operação é um desdobramento da investigação realizada em 2012, que desarticulou um esquema que controlava e explorava o jogo do bicho e a polícia constatou, recentemente, numerosos cambistas que atuam na região central do município, concretizando apostas ilegais relacionadas a jogos de azar, utilizando “uma espécie de máquina, similares as de cartões convencionais, para materializarem a loteria ilegítima”. “A prática ilícita ocorre de forma muito bem organizada pelos participantes e de forma exposta para todos os interessados em participar da loteria”.

Foram identificados 24 cambistas responsáveis por colherem as apostas, sempre acompanhados da máquina de registro, recolhedores/coletores, os quais compareciam nos pontos de venda, retiravam os extratos de apostas, conferiam os valores e repassavam o pagamento ao operador, levando todo o dinheiro e as apostas para o “escritório”.

A estrutura do jogo tem três níveis de hierarquia. Os bicheiros ou anotadores são a face mais visível do negócio, que vendem as apostas com seus bloquinhos e carimbos. Os gerentes são contadores que cuidam dos bicheiros de determinada área, intermediando o contato e o fluxo de dinheiro aos banqueiros (também conhecidos como bicheiros), a elite financeira do jogo.

Para o deferimento das ordens judiciais, foram apresentados fortes indícios do cometimento da contravenção, elencando a forma como é sistematizada a sua realização, informa a Polícia Civil.

O delegado responsável pelas investigações, Adriano Marcos Alencar, aponta que é uma “organização contravencionista”, com estrutura muito bem organizada, de alcance ainda inimaginável,  sem mensurar os grandes prejuízos às vítimas e a geração de lucros ilícitos aos destinatários.

“A maioria dos suspeitos já possui antecedentes criminais pela mesma contravenção, necessitando assim de uma ação mais enérgica das autoridades constituídas, visando frear a prática da infração penal. Os jogos de azar influem na arrecadação fiscal, pois não possuem o controle do Estado, além do que, a lisura da jogatina fica comprometida, pois não existe órgão de controle fiscalizador sobre as apostas”, disse o delegado, através da assessoria.

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