A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO) deflagrou, esta manhã, a Operação Rota do Sertão para cumprir dois mandados de prisões temporárias, seis de buscas e apreensões e sequestros de 22 carretas e 4 veículos pertencentes aos investigados e avaliados aproximadamente em R$ 10 milhões contra um grupo criminoso responsável pelo transporte de droga e madeira ilegal para o Nordeste, além da prática de lavagem de dinheiro, adulteração de veículos e crimes ambientais.
O grupo tinha Sinop como base estratégica para o envio de drogas ao Nordeste, além de cargas de madeira ilegal para Estados do Sudeste. Além de Sinop, as medidas estão sendo cumpridas em Sorriso, Lucas do Rio Verde, Guarantã do Norte e Tapurah.
Durante as investigações, a equipe policial fez a apreensão de uma carga de 800 quilos de cloridrato de cocaína, na cidade de Picos (PI) sendo transportada, em caminhão, para o porto de Pecém, no Ceará. A droga foi obtida na fronteira do Brasil com a Bolívia e transportada até um entreposto em Sinop. Depois, foi transferida para outra carreta, com cargas lícitas de milho, que seguiu até o Nordeste. A prática era usada para evitar que um caminhão suspeito, recém-chegado da fronteira, fosse interceptado em deslocamento para outras regiões do país.
As investigações também apuraram que o grupo se envolveu no transporte de madeira ilegal para o Sudeste. Em uma das abordagens, realizadas em Goiânia (GO), foi apreendida uma carga de madeira transportada sem documentação ambiental regular, configurando crime ambiental.
O grupo investigado tinha como estratégia realizar o transporte dos produtos ilícitos em caminhões clonados, a fim de minimizar prejuízos em caso de eventual apreensão das cargas.
A polícia também informa que em 28 de junho passado foi localizado, em uma oficina de Sorriso, um veículo com restrição de roubo, que estava sendo desmontado. As peças iriam para um outro caminhão pertencente ao grupo investigado e a polícia apreendeu o veículo e prendeu em flagrante o responsável pela oficina.
Para esconder o fluxo de dinheiro e os bens adquiridos, o grupo criminoso criava empresas de fachada registradas em nome de terceiros, conhecidos como “laranjas”. A investigação apurou que as empresas têm uma frota de 22 caminhões e as sedes localizadas na residência de suspeitos ou em terrenos baldios.
A FICCO é uma força integrada composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar, e tem por objetivo realizar a atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado de Mato Grosso.
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