A Polícia Civil deflagrou esta manhã, em Rondonópolis, a terceira fase da operação Mercado Paralelo que investiga empresas envolvidas com furto e receptação de peças de caminhão. São cumpridos três mandados de busca e apreensão contra o proprietário e em duas empresas do ramo de venda de peças na cidade. O empresário alvo desta terceira fase é proprietário de duas empresas de venda de peças, ambas localizadas no mesmo município. A polícia identificou o envolvimento dele após o cumprimento dos mandados de busca na segunda fase da operação, quando foram apontados indícios de que ele ocultaria peças furtadas.
“Com os elementos coletados nas fases anteriores da operação, a Polícia Civil reuniu informações que levaram a indícios de que o grupo criminoso esteve envolvido em diversos furtos de caminhões praticados nas cidades de Rondonópolis, Barra do Garças, Primavera do Leste, Sorriso e Sinop”, informou.
A investigação apurou que os furtos, geralmente, eram praticados durante o período noturno, em locais onde os caminhões pernoitam, como pátios de postos de gasolina e acostamentos de rodovias. Os autores dos furtos retiravam as peças com grande habilidade e em curto espaço de tempo, de maneira que os motoristas só percebiam o crime no dia seguinte, no momento de religar o caminhão. Uma mulher foi identificada na quadrilha como a responsável pela ocultação das peças e recebimento dos valores após a venda.
A polícia investiga crimes de receptação qualificada e associação criminosa estabelecida a partir do conluio com executores dos furtos, especialmente, de peças de alto valor no mercado, como módulo de motor, módulos arla, cervo de embreagem, com valor médio de R$ 15 mil.
Três envolvidos investigados na primeira fase da Operação Mercado Paralelo, em 2021, foram condenados pelo juízo da 2a Vara Criminal de Rondonópolis. Dois deles também respondem a processo penal pela Comarca de Comodoro. As investigações apontaram que dois indiciados na fase anterior são proprietários de estabelecimentos comerciais destinados à venda de peças de caminhões e teriam contratado dois criminosos, investigados em 2021, para executar os furtos e depois revender as peças em suas lojas de autopeças. Nesta nova fase da operação, a dupla de empresários é investigada como parte do núcleo relacionado aos receptadores das peças furtadas.
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