O delegado do Grupo de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil, Flávio Stringuetta, espera a decisão favorável do judiciário para conseguir dar prosseguimento nas investigações sobre a execução do advogado Alexandre Marchioro da Silva, em 2008. De acordo com assessoria da Polícia Civil, todas as investigações de campo já foram finalizadas e, agora, o prosseguimento das apurações está dependendo do aval do judiciário no pedido de uma quebra de sigilo, do qual não foi informado se seria bancário, telefônico ou de outro procedimento. O referido pedido já foi negado duas vezes na Justiça de Vera. “O Ministério Público entendeu a necessidade da delegacia, recorreu da decisão e agora é aguardado o novo parecer do Tribunal de Justiça”, informou.
O procedimento pode contribuir para identificação do possível mandante (ou mandantes) do crime bem como o motivo de ter ocorrido. Na época do fato, chegou-se a cogitar possível crime passional, pois o advogado teve as partes íntimas do corpo queimadas, bem como de cunho político, pois Alexandre estava trabalhando como assessor jurídico na prefeitura de Nova Ubiratã e também como coordenador de campanha do então prefeito Osmar Rossetto (Chiquinho).
No segundo semestre de 2011, após investigações em Sorriso, o delegado também foi levantou a hipótese do crime estar ligado ao esquema de golpes de seguro descoberto em 2008. Isto porque um dos indiciados pela morte de Marchioro, Adomires Soares Sampaio (Mandioca), ex-diretor da cadeia de Sorriso, foi acusado de envolvimento no esquema.
Até o momento, as investigações resultaram em quatro pessoas indiciadas no caso como executores.
No início deste mês, o caso voltou a ser repercutido após o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso, Maurício Aude, encaminhar ofício ao secretário de Estado e Segurança Pública, Alexandre Bustamante, pedindo providências necessárias a fim de dar mais celeridade às investigações.
Conforme Só Notícias informou, o crime foi descoberto no dia 17 de setembro de 2008. O corpo do advogado foi encontrado carbonizado na manhã daquele dia, às margens da rodovia de acesso ao município de Vera, a cerca de 15 metros de distância do carro dele, um Astra preto. No local havia rastros de outro carro, caixa de fósforo e um tambor de plástico queimado.