Operação “Caminhão Fantasma III” deflagrada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (DERF), em Rondonópolis, na madrugada de quinta-feira (24), prendeu seis pessoas e indiciou outras três, envolvidas em um esquema milionário. Todos são acusados de furtos de fertilizantes de empresas multinacionais e formação de quadrilha. A polícia ainda procura por um homem de 44 anos, proprietário de duas carretas, e outro de 27 anos, que seria agenciador e negociador das cargas furtadas.
As investigações iniciaram há dois meses. Motoristas e empregados de uma empresa esmagadora de grãos foram monitorados no período. De acordo com o delegado da DERF, Claudinei Lopes, no último furto, a quadrilha levou aproximadamente 40 toneladas de fertilizantes, mercadoria avaliada em R$ 60 mil.
O furto ocorreu no interior de uma esmagadora de grãos de Rondonópolis, na quarta-feira (23). Com ajuda das imagens do sistema de segurança da empresa, os policiais conseguiram identificar dois integrantes da quadrilha, além de localizar a carreta bitrem com a carga no pátio de um posto de combustíveis, na saída para a cidade de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
A quadrilha havia deixado a carreta estacionada até que fosse emitida uma nota falsa para “esquentar” a carga furtada e assim seguir viagem para o local da receptação. Os dois são suspeitos de outros furtos ocorridos em outubro deste ano. O primeiro encontra-se foragido e é considerado mentor da quadrilha. Já segundo foi preso no Distrito Industrial, em Rondonópolis.
As investigações apontam que os dois foragidos eram encarregados das negociações de cargas furtadas e contratação de outras pessoas envolvidas no esquema. Um dos foragidos foi interrogado na Divisão de Crimes Contra a Pessoa, do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) de Rondonópolis, e foi indiciado por uma tentativa de homicídio ocorrida no último final de semana.
Com a prisão de um dos integrantes da quadrilha, imagens e provas documentais, como espelhos de pontos dos empregados, foi possível confirmar a participação dos quatro empregados da empresa. Todos os envolvidos terão suas prisões preventivas representadas pelo delegado.
As diligências apontam que sete furtos foram cometidos pela mesma quadrilha, gerando um prejuízo patrimonial de R$ 420 mil. Porém, a polícia acredita que o valor possa ultrapassar R$ 2 milhões, uma vez que os furtos eram realizados com fraudes e manobras realizadas entre o motorista e empregados, simulando a entrada de documentos e registros. “Aproveitando o peso de outra carreta, conforme aos documentos juntados nos autos do inquérito policial”, explicou Lopes.
A Polícia Civil continua em diligências para confirmar se o mesmo grupo tem relação com outros furtos ocorridos em outras empresas. “Outros envolvidos poderão ser presos nos próximos dias”, finalizou o delegado.