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Polícia descobre que Mato Grosso tem jogo do bicho pela internet

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Duas bancas de jogos do bicho que funcionavam em residências das cidades de Barra do Garças (509 km a Leste) e na vizinha Aragarça, já em Goiás, foram fechadas pela Polícia Judiciária Civil, na operação “Fauna”, deflagrada hoje para coibir a contravenção que vinha ocorrendo há algum anos na região.

Investigações iniciadas em março deste ano, pela Delegacia Regional com apoio do serviço de inteligência da Polícia Civil, identificaram mais de 60 cambistas e a entrada de uma nova modalidade de aposta no Estado, o jogo online, realizado eletronicamente com transmissão das aposta pela internet a uma Central, em Goiânia. Esta prática já ocorre em Goiás e tentava se alastrar por todo o Baixo Araguaia.

Onze pontos foram fiscalizados durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Nove pessoas foram identificadas e conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos. Marcelo Galhardo de Sá e Isaac Pereira de Lima, são apontados pela polícia como sendo as pessoas que comandam o jogo nas cidades. Outras sete pessoas, a maioria parentes dos ‘banqueiros’, davam sustentação à prática ilícita. Os acusados são investigados em dois inquéritos instaurados para apurar a contravenção do jogo do bicho e formação de quadrilha.

Além da interdição da atividade, a polícia apreendeu várias máquinas de apostas eletrônicas, talões, e apetrechos destinados à realização da jogatina.

Durante as investigações a polícia descobriu que há cerca de cinco meses a empresa “Look Loterias”, com sede em Goiânia (GO) firmou parceria com o banqueiro Isaac e a empresa “Império da Sorte”, também de Goiás, com Marcelo. Nas apostas 25% eram destinados aos cambistas – aqueles que fazem as apostas nas ruas -, 15% aos ‘banqueiros’ ou representantes das empresas na região. Nesse percentual está fora o valor do prêmio. O restante do lucro era depositado em contas fornecidas pelas empresas. Três banqueiros de Goiás tentavam tomar o espaço dos dois principais acusados, em Barra do Garças.

As apostas eram feitas em vários pontos das cidades, boa parte em Barra do Garças, onde os banqueiros tinham pessoas identificadas como “recolhes”, que faziam o recolhimento das apostas, dos valores e levavam até os pontos fixos, para conferência.

De acordo com o delegado, Adilson Gonçalves de Macedo, a modalidade talão estava sendo substituída por máquinas de aposta. “Hoje tem poucos cambistas usando o talão, os banqueiros contrataram pessoas para fazer a transferência da aposta para a máquina”, explica. Conforme o delegado, as máquinas vêm com manual e o cambista “manuseia até aprender”, daí é feito o cadastro da máquina junto às empresas centralizadoras das apostas.

Explorar ou realizar a loteria denominada jogo do bicho é contravenção penal de acordo com o artigo 58 do Decreto Lei 3.668/41. As pessoas que o praticam ou o promovem são passíveis de punição pela Justiça.

As nove pessoas identificadas pela polícia como envolvidas na jogatina vão responder por crime de contravenção do jogo do bicho e se ficar caracterizado indício de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro também poderão ser indiciadas pelos crimes.

A atividade não tem ligação com o jogo do bicho operado por João Arcanjo Ribeiro em Mato Grosso. A operação contou com a participação de 25 investigadores da Polícia Civil e 15 policiais militares.

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