A Polícia Judiciária Civil desmontou um esquema milionário de fraudes contra a agência do Banco do Brasil, em Arenápolis. Um cliente do município de Porto Alegre (RS) também foi lesado. Cinco pessoas foram presas e autuadas em flagrante pelos crimes de formação de quadrilha, estelionato, uso de documento falso, falsidade ideológica. A polícia informa que “um dos integrantes da quadrilha é o advogado Max Weyzer Mendonça de Oliveira, preso durante a Operação da Asafe, desencadeada pela Polícia Federal”, acusado de envolvimento em venda de sentença do Tribunal Regional do Estado de Mato Grosso. A Polícia Civil também confirma que foram presos na operação, denominada “Limpa BB”, os idosos “Adelaide Severino Gonçalves e José Facioli, Denivaldo Antônio de Santana, agenciador vindo de Goiânia (GO), responsável por conseguir documentos falsos e entregar ao advogado, e Jussara da Silva Trigueiro, funcionária do Banco do Brasil de Arenápolis”, na região Médio Norte.
De acordo com o delegado Regional de Diamantino, Wilson Leite, até às 2h da madrugada de hoje, a Polícia Civil ainda procurava por um sexto integrante, que deve ser preso nas próximas horas. A investigação começou há dois meses pelo serviço de inteligência da Polícia Judiciária Civil e do Banco do Brasil. Nas apurações, os órgãos de inteligência conseguiram detectar que a quadrilha tinha como “modus operandi” a falsificação de documentos públicos e particulares, e com auxílios de advogados e servidores do Banco do Brasil, tinham acesso as ações da Petrobras em nome de pessoas falecidas. “Como os familiares não tinham conhecimento dessas ações, a quadrilha falsificavam documentos dos falecidos e cooptavam idosos para se passarem por aquelas”, explicou o delegado Wilson Leite.
Em poder dos documentos falsos, os idosos e o advogado Max Weyzer Mendonça procuravam às agências bancárias do interior dos Estados, com participação de funcionários do Banco do Brasil, e recebiam montantes milionários. O grupo criminoso já agiu em Camboriu (RS), Minas Gerais e estavam em Mato Grasso, na cidade de Arenápolis, para aplicar o golpe milionário. Mas foram presos em flagrante.
A quadrilha de fraudadores fazia saques, transferência e venda de Ações de Bolsa de Valores. Um cliente de Porto Alegre (RS) foi lesado em cerca de R$ 600 mil. Ele investia na bolsa de valores, mas quando as ações eram vendidas, o dinheiro caia na conta da quadrilha aberta na agência de Arenapólis. Um montante de R$ 700 mil seria pago a quadrilha quando presos na operação.
A quadrilha liderada pelo advogado, tinha como canal a funcionária do banco Jussara. O advogado, ao ser preso, portava um documento falso em nome da vítima de Porto Alegre, mas com fotografia de um dos idosos presos.
Participaram da operação os delegados Wilson leite, Sérgio Paulo de Oliveira Medeiros, da Delegacia Municipal de Arenápolis, Wagner Bassi Junior, da Delegacia de Nobres e Romildo Grota, da Delegacia de São José do Rio Claro e dez investigadores de polícia.