A Polícia Civil deflagrou esta tarde a segunda fase da Operação Eclipse, para cumprimento de ordens judiciais que miram a descapitalização patrimonial e financeira de uma facção criminosa envolvida com o tráfico de drogas e lavagem de dinheiro em Água Boa. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão domiciliar, sequestro de bens e bloqueios de valores, dentre eles um veículo Mercedes-Benz e um imóvel.
A polícia informou que a ação integra os trabalhos do programa Tolerância Zero Às Facções Criminosas e tem como foco a desestruturação financeira do grupo, impedindo que as facções continuem se perpetuando e expandindo seus campos de atuação. As investigações, conduzidas pelo delegado de Água Boa, Matheus Soares Augusto, apuram um “complexo esquema de tráfico de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro, evidenciado após a prisão em flagrante de um casal (que já era alvo de investigação) no último dia 27 em Barra do Garças”. “Os suspeitos foram interceptados pela Polícia Rodoviária Federal na BR-070 transportando 20 tabletes de cocaína, pesando 21,4 quilos, em um compartimento oculto no assoalho de um veículo Hyundai. Com avanço das investigações, foi possível confirmar que são integrantes de uma facção criminosa, ocupando posições de liderança nas operações de tráfico em Água Boa e Ribeirão Cascalheira, possuindo extenso histórico criminal, incluindo condenações anteriores por crimes relacionados ao tráfico”.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, o esquema envolve rede de distribuição de drogas, com responsáveis pela logística de recebimento e distribuição de entorpecentes, uso de laranjas e empresas de fachada para ocultar a origem ilícita dos recursos obtidos caracterizando também o crime de lavagem de dinheiro.
“A prisão em flagrante dos investigados na segunda-feira forneceu evidências concretas sobre a amplitude da atuação do grupo com o tráfico. A apreensão de uma quantidade significativa de cocaína e a identificação do veículo utilizado estabeleceram mais uma ligação direta entre os suspeitos”, explicou o delegado. Foram requeridas as ordens judiciais que foram deferidas e cumpridas hoje. “A segunda fase mira a descapitalização do crime organizado. O efetivo combate às organizações criminosas vai além de prisões, está na verdade na desestruturação financeira do grupo, o que impede que as facções continuem se perpetuando e expandindo seus campos de atuação”, concluiu o delegado Matheus Soares.