A Polícia Civil deflagrou, hoje, a operação Castelo de Areia, para cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão e de uma prisão contra um grupo envolvido com atividades criminosas de tráfico e associação para o tráfico de drogas em Rosário Oeste (103 quilômetros de Cuiabá). Os alvos da operação são, principalmente, aqueles investigados por atuar como ‘biqueiros’ e o objetivo nesta primeira etapa é apreender entorpecentes e armas de fogo, informou a Polícia Civil. Outro alvo é um traficante, conhecido como ‘Príncipe’ ou ‘Magnata’, que teve a prisão preventiva decretada pela Justiça por liderar o tráfico de drogas em Rosário Oeste, Nobres e Jangada.
A investigação identificou que ele é responsável por gerenciar a venda de entorpecentes e é a ‘voz’ e o centro financeiro das atividades de tráfico. Por meio de investigação financeira, a Polícia Civil apurou que diversas pessoas, suspeitas de tráfico na região, realizavam constantes transações financeiras a ele, incompatíveis com as atividades lícitas dos investigados. Além disso, o ‘Príncipe’ tinha autorização para ativar novos biqueiros.
A delegacia de Rosário Oeste apurou ainda que o grupo age com clara divisão de tarefas e relativa organização.“O líder encomendava, semanalmente, a carga de droga e tinha uma pessoa responsável para distribuir cada tipo de entorpecente aos demais biqueiros. Além disso, havia os responsáveis para fazer o recolhimento semanal de valores e da ‘camisa, taxa de R$ 100 mensais cobrada pela facção autorizando o biqueiro a vender a droga”, explicou o delegado de Rosário Oeste, Antenor Pimentel Marcondes.
A investigação apurou ainda que o líder do tráfico também ordenava mortes daqueles que vendiam entorpecentes sem autorização ou de quem era delator. Quem devia droga ou cometia furtos também era alvo das sanções, pois tais crimes atrapalhavam os negócios do tráfico.
O nome da Operação Castelo de areia refere-se a príncipe que “vive em um castelo de ilusões, sem alicerces firmes que, inevitavelmente, irá se desmanchar”.