A Polícia Civil de Sorriso desencadeou, esta manhã, a operação Rip Money, e está cumprindo mandados de busca e apreensão e medidas cautelares contra três pessoas investigadas por se “associar criminalmente” para direcionar pessoas falecidas a uma funerária, sediada em Sinop e Lucas do Rio Verde, que pagaria propina a um vigilante acusado de encaminhar corpos das pessoas, que estavam em tratamento de saúde e faleceram em hospitais públicos e privados em Sorriso e Sinop.
“Depoimentos coletados durante a investigação apontaram que um acusado apresentou uma ‘negociação’ com uma funerária, de um percentual de 15% do valor total que a empresa cobraria para fazer um translado fora do município. Caso a pessoa que falecesse fosse sepultada em Sorriso, o valor fixo cobrado seria de R$ 500”, informa a Polícia Civil, acrescentando que o investigado tinha uma ‘parceria’ e receberia 10%, dos proprietários da funerária.
A delegada Jessica Assis informa que o acusado, em Sorriso, se passava por servidor da Perícia Técnica Oficial (Politec) para se aproximar em momentos de mais sensibilidade dos familiares, ter acesso a dados pessoais e contatos telefônicos que eram direcionados para a prestadora de serviços funerários.
A delegacia em Sorriso instaurou um inquérito, no ano passado, para apurar a associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e usurpação de função pública cometido pelos investigados e hoje cumpre ordens de buscas domiciliares em três endereços dos investigados e, também medidas cautelares que determinaram o afastamento da função de vigilante e de se aproximar dos hospitais e demais investigados. A operação tem como objetivo apreender materiais que possam reforçar a investigação e permitir à Polícia Civil identificar os agentes estatais que integram a associação criminosa. Servidores públicos em hospitais estariam envolvidos.
A Polícia Civil afirmou que, durante a tentativa de abrir mais uma negociação com uma funerária, em Sorriso, o investigado disse que tinha informações de quando havia óbitos nos hospitais e do estado de saúde de pacientes que estavam na UTI em estágio terminal. Ele contou ainda que estava ‘passando os óbitos’ dos hospitais a uma funerária já acordada.
A polícia apurou também que proprietários de funerárias investigadas vão responder processo de corrupção ativa.
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