quinta-feira, 19/setembro/2024
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Polícia de MT vai indiciar 7 na operação de agrotóxicos falsificados

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A Delegacia Especializada do Meio Ambiente, da Polícia Civil de Mato Grosso, vai indiciar sete pessoas em crimes estelionato, falsificação de documentos, receptação, fabricação e transporte em desacordo com a legislação ambiental e formação de quadrilha, nas investigações da operação “Paracelsus”, deflagrada no dia 13, nos municípios de Bady Bassit e São José do Rio Preto (SP) que desarticulou uma quadrilha que falsificava agrotóxico e vendia para todo o país com nota fiscal de vitamina. A equipe policial retornou neste fim de semana a Cuiabá, depois de cumprir 3 dos 7 mandados de prisão temporária decretados pela justiça ato-grossense e avalizado pela paulista, além de 5 mandados de buscas e apreensões, cumpridos um deles em uma fábrica clandestina que falsificava o agrotóxico, em Bady Bassit, “onde foram apreendidos 200 quilos do veneno Sdandak, que utilizada o mesmo principio ativo do Regent WG800, o Fipronil, ambos falsificados”, informa a assessoria da polícia.

A fábrica foi fechada por não ter licença ambiental de funcionamento e também foi apreenderida grande quantidade de um pó branco, que possivelmente seja um dos componentes utilizados para produzir o Regent falsificado. “É uma substância que tem toxicidade e aparentemente seria usada para fazer o Regent. Será enviada à perícia para comprovar as suspeitas”, disse o delegado titular da Dema, Carlos Fernando Cunha, que coordena as investigações.

Em uma empresa de produção de produtos orgânicos, em São José do Rio Preto, “os policiais apreenderam vasta documentação que comprova a venda ilegal do veneno – orçamentos e pedidos dos produtos despachados pelos Correios para compradores de todo o Brasil. O agrotóxico era enviado com notas fiscais de vitaminas especial, ao valor médio de 2 mil, enquanto que o verdadeiro produto é comercializado por cerca de R$ 6 mil”.  Conforme as investigações, a empresa atuava há cerca de 2 anos na venda ilegado do veneno. Entre as documentações, a Polícia Civil apreendeu uma venda de 3 mil quilos para três fazendas de Mato Grosso, no valor de 90 mil e outra remessa de 80 mil.

O delegado Carlos Fernando Cunha, disse que a Polícia Civil de Mato Grosso vai indiciar os donos da empresa, três filhos e dois gerentes. Conforme o delegado, não foi possível cumprir o mandado de busca e apreensão no escritório da empresa, pelo fato da firma ter mudando de endereço no final do ano passado. Mas isso, segundo Cunha, não inviabilizou o resultado da operação, pois a Polícia Civil conseguiu comprovar a falsificação do agrotóxico e fechar seu principal ponto de produção.

Com apreensão de mais de 100 litros de um produto, ao longo de 1 ano, em caixas com notas fiscais de vitaminas, na agência distribuidora dos Correios, em Várzea Grande, a Delegacia Especializada do Meio Ambiente descobriu que o produto, fabricado com autorização de uma multinacional, era falsificado em uma fábrica no município de Bady Bassit, de onde era comercializado para todo o Brasil para uso em lavouras de soja. O produto que a multinacional “vende com permissão é destinado às indústrias de álcool, pois é muito concentrado e esse está sendo vendido para lavouras, colocando em risco milhares de pessoas. É um risco invisível que vai acumulando no organismo”, detalhou o delegado.

O veneno é considerado altamente tóxico e contém um principio ativo para controle de plagas na plantação de cana-de-açúcar. O produto falsificado contém uma dosagem menor do princípio ativo. Ele é vendido em embalagens reutilizadas do verdadeiro produto, com rótulo e lacres falsos. “É um veneno fortíssimo que não sabemos de onde vem. É isso que queremos descobrir”, disse o delegado Carlos Fernando Cunha.

Todo o agrotóxico apreendido em Várzea Grande que deu origem a investigação foi periciados e comprovado que está sendo distribuídos de forma inadequada, colocando em risco as pessoas que os manuseiam e a saúde da população que consomem os alimentos proveniente das lavouras que o utiliza como inseticida.

O nome da na operação “Paracelsus” é alusivo ao médico, alquimista, físico e astrólogosuíço, Paracelso, considerado por muitos como um reformador do medicamento e fundador da Bioquímica.

Participam da operação 8 policiais (investigador, escrivão e delegado) da Polícia Civil de Mato Grosso com apoio de policiais da Polícia Civil de São José do Rio Preto (SP).

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