A Polícia Judiciária Civil solicitou auxílio psicológico nas investigações do caso do desaparecimento do bebê Brian. Desde a última segunda-feira, uma psicóloga está fazendo o acompanhamento da família.
O delegado Luciano Inácio da Silva, da Gerência de Repressão a Seqüestros e Investigações Especiais (GRSIE), responsável pelo inquérito que apura o sumiço de um bebê em Cuiabá, disse que o caso está cercado de mistério, pois ainda não surgiu nenhuma pista que direcionasse as investigações. A polícia trabalha com a hipótese de subtração para adoção ilegal em razão de nenhum pertence ter sido roubado da casa. “Foi uma ação direcionada. Quem levou a criança sabia dela ali na casa”, afirma.
Para o delegado, a mãe da criança, de 37 anos, não está sendo investigada como suspeita do caso. Inácio explica que não há base concreta para desconfiar da mãe da criança. “Não há embasamento lógico. O que a polícia está fazendo é ouvir todas as pessoas que tiveram contato com a criança e a mãe está no contexto”, disse.
“Todas as pessoas que tiveram contato com a mãe, que acompanharam a gestação, desde médicos a enfermeiros serão ouvidas. Nosso objetivo é chegar à verdade”, completou.
A vizinha e outras pessoas direcionadas pela mãe como envolvidos no sumiço da criança também estão sendo averiguadas.
De acordo com a psicóloga Helen Catarina Capistrano, cedida pela Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), para auxiliar no caso, as sessões com a família poderão subsidiar as investigações com informações ainda não repassadas à polícia. Cinco pessoas da família que sofreu o trauma já conversaram com a profissional.
O bebê Brian, desapareceu no dia 03 de abril, por volta das 13h, da residência da família no bairro São Francisco, em Cuiabá, quando após uma simulação de assalto, um casal, ambos com os rostos encapuzados teriam entrado na casa e levado à criança. A criança estava sob os cuidados da prima de 16 anos e da avó. Na casa tinha mais duas criança, uma de 7 e outra de 2 anos.
Segundo a mãe, o bebê nasceu no hospital Santa Helena no dia 1º de abril. Um dia após o parto, a mãe recebeu alta e teria retornado para sua casa localizada na Rua dos Crisântemos, do bairro São Francisco. Brian é o sétimo filho de Jucélia. A Polícia Civil dispõe do serviço 197 para denúncias e informações.