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Polícia faz operação para prender 4 em investigação do desvio de medicamentos da UPA em Várzea Grande   

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Redação Só Notícias (foto: Só Notícias/arquivo - atualizada 10:03h)

A Polícia Civil deflagrou, esta manhã, a operação “Fenestra”, para cumprir quatro mandados de prisões preventivas do superintendente de Saúde do município de Várzea Grande, chefes da farmácia da Upa Ipase e de um empresário no ramo de medicamentos. A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção, responsável pela investigação, informou também que são oito mandados de buscas e apreensões domiciliares, quatro de suspensão do exercício de função pública de agentes da secretaria municipal de Saúde de Várzea Grande, além de mandado de sequestro de veículo do superintendente. A investigação apura esquema de desvio de medicamentos da farmácia da Unidade de Pronto Atendimento (Upa Ipase).

Também foram determinadas quatro medidas cautelares a investigados que responderão em liberdade, como a proibição de frequentarem qualquer unidade de saúde, hospital ou pronto socorro público de Várzea Grande, exceto como pacientes. 

As investigações iniciaram em abril de 2022 e apontaram o envolvimento de servidores da secretaria Municipal de Saúde de Várzea Grande, dentre eles o superintendente, chefes de farmácia, motoristas e auxiliares. Conforme a apuração da Polícia Civil, os medicamentos eram receptados por um empresário que atua no ramo de medicamentos e utilizando “laranjas” para pagar vantagem indevida à agentes públicos, por intermédio de transferências bancárias e compra de veículo, visando a ocultação ilícita dos bens e valores. 

Nas diligências foi constatado que, no período de pandemia da Covid, foi aberta uma janela nos fundos da farmácia da Upa Ipase, supostamente para evitar o contato entre pacientes e servidores, contudo, evidências indicam que foi utilizada para os desvios de medicamentos. 

Os investigadores identificaram alteração irregular no sistema de dados relacionados ao controle de saída de medicamentos da UPA/IPASE para ocultar a dispensa ilícita de remédios, sendo inclusive dispensado medicamentos para paciente já falecidos. 

Os investigados devem responder pelo crime de associação criminosa, peculato, inserção de dados falsos em sistema de informação, corrupção passiva, extravio de documento e lavagem de dinheiro. 

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