A Polícia Civil cumpre, esta manhã, 13 ordens judiciais contra integrantes de facção criminosa no âmbito da Operação Verdades Ocultas, deflagrada com base em investigações da Delegacia de Cocalinho (788 km de Cuiabá). São investigados os crimes de tortura, homicídio qualificado e ocultação de cadáver no município. Na operação, seis mandados de prisão preventiva e sete de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da Comarca de Água Boa, são cumpridos. As ordens judiciais são cumpridas na cidade de Cocalinho.
A operação integra as ações de planejamento estratégico da Polícia Civil de Mato Grosso para combate à atuação das facções criminosas, por meio da Operação Inter Partes, dentro do programa Tolerância Zero, do Governo do Estado. Os alvos foram identificados durante as investigações do homicídio que vitimou um homem.
As investigações apontaram que a vítima, em um primeiro momento, sofreu um castigo do grupo criminoso no dia 4, após supostamente praticar atos libidinosos contra uma criança de 7 anos. Porém, na madrugada do dia 6, os integrantes retornaram a sua residência e sequestraram a vítima. A partir daí, não houve mais notícias do seu paradeiro, levantando a provável situação de homicídio e ocultação de cadáver. O corpo da vítima ainda não foi localizado.
As investigações apontaram ainda que a vítima comercializava entorpecentes a mando do grupo criminoso e que já teria recebido salves anteriormente. Ele sempre retornava para a sua residência com diversos ferimentos. Durante as investigações, foi possível identificar seis integrantes do grupo criminoso, sendo cinco homens e uma mulher, envolvidos nos crimes de tortura, homicídio e ocultação cadáver. Entre os investigados, dois foram identificados como disciplina da facção criminosa e também como os executores dos crimes de tortura contra a vítima.
Os outros suspeitos seriam os responsáveis por acionar o grupo, o proprietário da casa onde ocorreram os fatos, e o pai da criança, que teria sido abusada sexualmente. Com base nas investigações, o delegado Danilo Rodrigues representou pelas ordens judiciais contra os suspeitos, deferidas pela Justiça. O delegado Regional de Água Boa, Valmon Pereira da Silva, ressaltou a necessidade de combate ao avanço das atividades criminosas, especialmente em razão da gravidade dos crimes praticados.
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