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Polícia cumpre 48 mandados e investiga quadrilha por desvio de cargas de cerveja em MT; R$ 12,7 milhões de prejuízo   

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Polícia Civil cumpre 48 mandados judiciais, hoje, na operação Ceres, coordenada pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Cuiabá, a uma quadrilha investigada por crimes contra uma fabricante nacional de bebidas instalada na capital. O inquérito policial instaurado apura os delitos de associação criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, receptação qualificada e falsidade ideológica contra uma quadrilha que se associou para desviar bebidas alcoólicas de cinco marcas produzidas pela cervejaria nacional.

Noventa policiais civis cumprem, em diversos endereços na Capital 18 buscas e apreensões domiciliares, 19 buscas e apreensões de computadores e aparelhos celulares e quebra do sigilo telemático, 6 ordens de sequestro e arresto de bens móveis, 4 ordens de quebra do sigilo bancário e fiscal e uma ordem de penhora no valor de R$ 12,7 milhões em desfavor dos investigados. 

Segundo a Derf, informações fornecidas pela fabricante de bebidas, apontaram um prejuízo estimado em quase R$ 12,8 milhões. Os números foram apurados nas diferenças de itens de estoque levantadas pela cervejaria no inventário mensal nos anos de 2021 e 2022.

A investigação da Polícia Civil iniciou a partir do recebimento de uma denúncia da Associação Brasileira de Combate à Falsificação apontando que estavam ocorrendo desvio frequentes de lotes das marcas Budweiser, Skol, Antártica, Brahma e Stella Artois da empresa fabricante. A Derf apurou que os desvios eram praticados por funcionários da cervejaria e de duas empresas que prestam serviços de logística à fabricante. A execução dos crimes contava com a participação de empregados que atuavam nas funções de conferencistas, porteiros, motoristas, ajudantes de motorista, carregadores, entre outros. 

O grupo envolvido desviava mercadorias que eram devolvidas por clientes da cervejaria. Para isso, era falsificada uma declaração por parte do conferencista e do porteiro confirmando que houve a entrada dos lotes de cervejas na fábrica. Em seguida, as cargas das bebidas eram desviadas aos receptadores.

Os lotes de cervejas seguiam, então, para os receptadores, um deles uma distribuidora no bairro Jardim Renascer. Dois funcionários da distribuidora tinham conhecimento do esquema criminoso. 

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