Criminosos invadiram a agência do Itaú na rua Barão de Melgaço, no centro da capital, e levaram R$ 40 mil. O grupo utilizou corda para descer com a técnica de "rapel" um fosso de 5 metros localizado nos fundos do banco, rendeu um vigilante e, com apoio de equipamentos como pé de cabra e maçarico, arrombou 3 cofres. Segundo a Polícia, os bandidos desativaram o alarme e praticaram a ação por 5 horas, fugindo em seguida.
Por volta da meia-noite de sábado (31), o vigilante de 29 anos de idade foi rendido dentro da agência. Foi amarrado e coagido por um dos assaltantes, que estava armado. Três suspeitos foram vistos pela vítima. Antes os criminosos invadiram a área do estacionamento localizado aos fundos da agência na rua Comandante Costa e em seguida desceram com apoio de uma corda pelo fosso. As portas dos fundos do Itaú foram arrombadas.
Primeiro o cofre próximo dos caixas, onde os operadores atendem os usuários, foi arrombado com pé de cabra. As moedas que estavam dentro foram levadas. Em seguida, com o maçarico e maquita, fizeram um pequeno orifício em outro cofre pequeno de cerca de 1 metro de altura. Por meio deste buraco, eles tiraram com um ferro cada um dos maços de notas.
A técnica foi utilizada por precaução para não danificar todo o dinheiro, diz o sargento do 1º Batalhão da Polícia Militar José Cruz. O grupo tentou arrombar o terceiro cofre, mas não chegou aos valores. A Polícia acha que os bandidos desistiram de dar continuidade à ação por receio da troca de turnos dos vigilantes. Era por volta de 5h quando eles fugiram. Os criminosos deixaram 1 cilindro de oxigênio, 1 botijão de gás e levaram no roubo além do dinheiro 3 revólveres de calibre 38 e 1 colete da empresa terceirizada para fazer a segurança do local.
Avaliando as técnicas empregadas no roubo, o aspirante do 1º BPM Leonardo Gasparetto diz ter sido o primeiro registro com esta modalidade. Em geral os grupos especializados em furtos e assaltos a bancos privilegiam os caixas eletrônicos, que podem armazenar maior quantidade de dinheiro. Segundo a Polícia, os R$ 40 mil levados pelos bandidos é considerado pouco devido ao baixo movimento registrado pela agência, que está passando por reforma. Imagens de monitoramento interno podem contribuir nas investigações.
Conforme pesquisa nacional feita pela Confederações Nacional dos Vigilantes (CNTV) e dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Mato Grosso é o 3º estado com maior registro de ataques a agências bancárias em 2011. Foram 125 ações criminosas entre assaltos, tentativas e arrombamentos a caixas eletrônicos.