A Polícia Civil informou que concluiu o inquérito da terceira fase da operação “Grãos de Areia”, deflagrada em Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá), e o indiciamento de seis empresários pelo crime de receptação qualificada, cuja pena pode chegar a 8 anos de reclusão. Foram indiciados um empresário de Cuiabá, de Jaciara, da cidade de Birigui (SP), um de Pedra Preta e dois de Rondonópolis.
Segundo a Polícia Civil, os empresários adquiririam em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, soja e farelo de soja que deveriam saber ser produto de crime, praticados pela organização criminosa. Durante as investigações foram apontadas evidências, que “os indiciados adquiriram mercadoria sem a emissão de nota fiscal, e por valor muito abaixo do preço praticado no mercado”.
Durante as três fases da operação, os policiais identificaram que a organização criminosa vinha atuando em Rondonópolis desde o ano de 2020, e contando com a participação de motoristas de caminhão e funcionários de uma das empresas vítimas. “Foram desviadas aproximadamente 9 mil toneladas de soja e farelo de soja, entre os meses de janeiro a março de 2021 (correspondente ao período investigado), com valor estimado de R$ 22,5 milhões em produtos subtraídos nesses três meses”, informou a Polícia Civil.
“A maioria da mercadoria desviada e adulterada pela organização criminosa tinha como destino o terminal de cargas ferroviário de Rondonópolis, o qual é operado por uma das empresas vítimas. Em média cerca de 1,5 mil caminhões são descarregados por dia, restando apurado que os investigados, aproveitavam-se do grande volume de cargas transportado para operar o esquema criminoso”, destacou o delegado Santigo Rozendo, através da assessoria.
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