Ainda descontentes com a situação pela qual passam, investigadores da Polícia Civil de Mato Grosso páram novamente suas atividades, em cobrança pela implantação de um salário-base de R$2,3 mil, aumento no efetivo e investimentos em equipamentos. De hoje a segunda-feira, vítimas de furtos, roubos, entre outros, deverão recorrer à Polícia Militar.
Segundo o Sindicato dos Investigadores e Agentes Prisionais, os servidores cruzam os braços hoje e só retomam as atividades normais às 8h de segunda. O Siagespoc sugeriu paralisação de 100%, entretanto, em algumas cidades, os investigadores devem analisar se manterão atendimentos em casos de homicídios, prisões em flagrantes, cumprimento de mandados judiciais, por exemplo.
Estima-se que pelo menos 1,7 mil profissionais de Mato Grosso participem do movimento, o terceiro deflagrado este ano. A maior parcela dos investigadores do Estado está lotada em Cuiabá. “Infelizmente, será a população que sofrerá, pois esta é a única maneira que temos”, declarou, ao Só Notícias, o presidente interino José Antônio da Silva Aquino.
Mês passado, os profissionais pararam por uma semana. A Justiça decretou a ilegalidade da greve e determinou a suspensão, sob pena de multa fixada em juízo. Na época, o Judiciário havia informado que o sindicato e agentes não haviam cumprido as exigências contidas na lei de greve, entre elas a obrigatoriedade de manterem 30% dos serviços para atendimento da população.
Delegacias da região Norte confirmaram adesão, entre elas Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, e demais.